Minimização dos temores com geadas faz açúcar fechar com leve queda em NY e Londres

Publicado em 27/07/2021 15:20
Mercado adoçante recua nesta terça-feira depois de atingir os níveis mais altos desde 2017

As cotações futuras do açúcar encerraram esta sessão de terça-feira (27) com leves perdas nas bolsas de Nova York e Londres. Depois de alta na maior parte do dia, o mercado virou com alguma minimização dos temores com geadas nos próximos dias.

O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou desvalorização de 0,38%, cotado a US$ 18,35 c/lb, com máxima de 18,73 c/lb e mínima de 18,26 c/lb. O tipo branco em Londres teve desvalorização de 0,37%, a US$ 454,70 a tonelada.

Depois de renovar máximas históricas de 2017, o mercado do açúcar acabou fechando a sessão desta terça-feira com leves perdas depois que surgiram no mercado informações que minimizaram os temores com geadas nos próximos dias no Centro-Sul.

Michael McDougall, diretor-gerente da Paragon Global Markets, disse à Bloomberg que a onda de frio no Brasil será precedida por instabilidades, puxando-a mais ao oceano, o que poderia minimizar a intensidade das geadas.

“Isso, no momento, significa que a frente será menos prejudicial do que a última geada em 20 de julho”, disse o analista. “Claro, outro evento de geada depois de duas já não vai ajudar”.

Dia foi marcado por atualização quinzenal de safra da Unica com queda na produção de açúcar no Centro-Sul

Ainda assim, institutos cravam para os próximos dias as chances de geadas em áreas produtoras, inclusive com possibilidade de temperaturas negativas. A trading inglesa Czarnikow, inclusive, já estuda possibilidade de redução nas estimativas.

Além de atenção para as geadas, o suporte ao mercado do açúcar em parte do dia acompanhou a recente divulgação da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) com queda na produção de açúcar do Centro-Sul na primeira metade de julho.

A produção do adoçante caiu 2,84% ante igual período do ano anterior, para 2,94 milhões de toneladas fabricadas.

No financeiro, o dia foi de oscilações entre perdas e ganhos do petróleo no cenário internacional. Além disso, o dólar operava com leve queda sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações, mas dá suporte ao mercado.

Mercado interno

O mercado brasileiro de açúcar voltou a registrar elevação nos preços. Como referência, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve valorização de 0,56%, com a saca de 50 kg cotado a R$ 117,61.

"Atentas às projeções de quebra da safra deste ano, usinas paulistas continuaram restringindo a oferta para o spot, já que têm contratos a serem entregues aos mercados interno e externo", disse em nota o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).

No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, a R$ 133,74 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB cotado do tipo a US$ 18,57 c/lb com alta de 1,42%.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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