Minimização dos temores com geadas faz açúcar fechar com leve queda em NY e Londres
As cotações futuras do açúcar encerraram esta sessão de terça-feira (27) com leves perdas nas bolsas de Nova York e Londres. Depois de alta na maior parte do dia, o mercado virou com alguma minimização dos temores com geadas nos próximos dias.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou desvalorização de 0,38%, cotado a US$ 18,35 c/lb, com máxima de 18,73 c/lb e mínima de 18,26 c/lb. O tipo branco em Londres teve desvalorização de 0,37%, a US$ 454,70 a tonelada.
Depois de renovar máximas históricas de 2017, o mercado do açúcar acabou fechando a sessão desta terça-feira com leves perdas depois que surgiram no mercado informações que minimizaram os temores com geadas nos próximos dias no Centro-Sul.
Michael McDougall, diretor-gerente da Paragon Global Markets, disse à Bloomberg que a onda de frio no Brasil será precedida por instabilidades, puxando-a mais ao oceano, o que poderia minimizar a intensidade das geadas.
“Isso, no momento, significa que a frente será menos prejudicial do que a última geada em 20 de julho”, disse o analista. “Claro, outro evento de geada depois de duas já não vai ajudar”.
Ainda assim, institutos cravam para os próximos dias as chances de geadas em áreas produtoras, inclusive com possibilidade de temperaturas negativas. A trading inglesa Czarnikow, inclusive, já estuda possibilidade de redução nas estimativas.
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Além de atenção para as geadas, o suporte ao mercado do açúcar em parte do dia acompanhou a recente divulgação da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) com queda na produção de açúcar do Centro-Sul na primeira metade de julho.
A produção do adoçante caiu 2,84% ante igual período do ano anterior, para 2,94 milhões de toneladas fabricadas.
No financeiro, o dia foi de oscilações entre perdas e ganhos do petróleo no cenário internacional. Além disso, o dólar operava com leve queda sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações, mas dá suporte ao mercado.
Mercado interno
O mercado brasileiro de açúcar voltou a registrar elevação nos preços. Como referência, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve valorização de 0,56%, com a saca de 50 kg cotado a R$ 117,61.
"Atentas às projeções de quebra da safra deste ano, usinas paulistas continuaram restringindo a oferta para o spot, já que têm contratos a serem entregues aos mercados interno e externo", disse em nota o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, a R$ 133,74 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB cotado do tipo a US$ 18,57 c/lb com alta de 1,42%.