Estado de São Paulo recria Câmara do setor sucroenergético
O governo do estado de São Paulo recriou a Câmara Setorial do Açúcar, Álcool e Bioenergia por Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Itamar Borges, na terça-feira (13). O representante da União Nacional da Bioenergia (Udop), Amaury Pekelman, foi eleito presidente.
A intenção é fortalecer o diálogo do setor com o governo, já que São Paulo é o maior estado produtor de cana do Brasil.
"Vamos aproveitar esse canal e discutirmos como nosso setor pode contribuir de forma efetiva para a manutenção da qualidade de vida de nosso povo no Estado, que é o maior produtor de cana, açúcar, etanol e bioeletricidade do Brasil”, disse Pekelman em nota.
Segundo o coordenador da Assessoria Técnica e das Câmaras Setoriais da Secretaria de Agricultura de São Paulo, o engenheiro agrônomo Alberto Amorim, a escolha de um executivo que representa o setor privado e uma das entidades mais tradicionais e ativas do setor no Brasil para liderar a Câmara Setorial mostra o esforço da atual gestão da Secretaria de Agricultura pela busca de um diálogo franco na "direção da inovação e da tecnologia. Fatores que estão muito presentes no setor privado".
São Paulo: Maior produtor de bioenergia do Brasil
O Estado de São Paulo possui 165, das 360 usinas em operação no País. São 475 municípios paulistas envolvidos no cultivo da cana-de-açúcar (mais de 70% do total do Estado), com 6 milhões de hectares cultivados em 2020, pelas usinas e mais de 14 mil produtores rurais de cana-de-açúcar.
São Paulo é o estado líder do Brasil na produção de cana-de-açúcar e seus produtos (etanol, açúcar e eletricidade a partir da biomassa). Na safra 2020/2021, respondeu por 54% do volume processado de cana-de-açúcar no país (356,5 milhões de toneladas), com uma produção de 26,3 milhões de toneladas de açúcar e 14,4 bilhões de litros de etanol (63,4% e 44,3% da produção nacional, respectivamente).
O setor é responsável, ainda, por pelo menos 850 mil postos de trabalho, sendo 286 mil postos diretos relacionados a atividades com o cultivo da cana-de-açúcar e seu processamento. O número é ainda maior se considerarmos os empregos na cadeia de comercialização, distribuição e revenda de etanol e açúcar.
O setor gerou cerca de US$ 6,32 bilhões em divisas, o equivalente a 61% do valor exportado por todo o setor sucroenergético brasileiro em 2020 e estima que o faturamento da agroindústria canavieira no Estado tenha atingido R$ 65 bilhões.
Com informações da Agência UDOP