Cogen acredita que leilões A-3 e A-4 foram abaixo do potencial que bioeletricidade tem a oferecer
Os leilões de energia A-3 e A-4, realizados nesta quinta-feira (08), totalizando contratação a biomassa de 23,6 MWmed e 17,6 MWmed, respectivamente em cada um, foram muito abaixo do potencial que bioeletricidade tem a oferecer na visão da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen).
No leilão A-3, o preço médio ficou em R$ 176,00/Mwh e de R$ 196,00/MWh no seguinte.
"Na avaliação da Cogen (Associação da Indústria de Cogeração de Energia), o número de projetos e os volumes contratados nos leilões A-4 no A-3), foram muito abaixo do potencial de contribuição que a bioeletricidade tem a oferecer ao País", disse em nota a entidade.
O diretor de Tecnologia e Regulação da Cogen, Leonardo Caio Filho, reforça que a geração de energia proveniente das biomassas ajuda a preservar 15 pontos percentuais da capacidade de armazenamento das hidrelétricas.
“A cogeração a biomassa fornece ao Sistema Interligado Nacional (SIN) uma energia com vários atributos: próxima dos pontos de consumo, com potência e qualidade, principalmente no período de safra, entre os meses de abril e novembro, que coincidem com o período seco”, completa Leonardo.
Em função de todos esses atributos, a Cogen entende que seria interessante uma contratação de um número maior de empreendimentos para os próximos certames.
“A contratação de um volume maior de energia das usinas movidas a biomassa poderia dar mais equilíbrio ao SIN, ampliando a segurança energética”, diz o diretor da Cogen.