Seguindo financeiro, açúcar fecha 4ª com perdas moderadas em NY e Londres
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (07) com perdas moderadas nas bolsas de Nova York e Londres. A desvalorização ocorre com perdas expressivas do petróleo, além de amenização das preocupações com geadas no Centro-Sul.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou queda de 0,67%, cotado a US$ 17,75 c/lb, com máxima de 18,11 c/lb e mínima de 17,45 c/lb. O tipo branco em Londres registrou queda de 0,68%, a US$ 466,00 a tonelada.
Depois de operar em alta pela manhã, se recuperando das perdas da sessão anterior, o mercado do açúcar voltou ao lado vermelho da tabela diante das oscilações negativas do petróleo, além de amenização das preocupações com as geadas da última semana.
"Os operadores continuam a avaliar a extensão dos danos causados à cana brasileira pelas geadas recentes, embora as primeiras indicações sugiram que as perdas podem não ser graves", disse a agência de notícias Reuters.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta quarta, Haroldo Torres, gestor de projetos do Pecege, destacou que, apesar de geadas fortes em áreas de cana nos últimos dias, algumas lavouras foram atingidas e, nesta safra, os danos devem ser de qualidade.
"Podemos ter impacto de produtividade e efeitos negativos sobre a qualidade da matéria-prima. E a gente também tem um outro impacto, que é o do risco de perda de muda para se plantar", afirma Torres.
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Além de pressão com o petróleo, o dólar comercial avançava mais de 1% sobre o real nesta tarde de quarta-feira. Uma moeda estrangeira mais valorizada em relação ao real tende a encorajar as exportações, mas pressiona as cotações internacionais.
"O petróleo chegou a cair mais de 2% hoje em uma baixa de duas semanas, o que reduz os preços do etanol e pode levar as usinas a desviar menos moagem de cana para a produção de etanol, aumentando assim a oferta de açúcar", destacou a Barchart.
Mercado interno
Depois de altas seguidas, o índice do açúcar cristal recuou em São Paulo na última terça-feira. O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve desvalorização de 0,80%, cotado a R$ 115,93 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, a R$ 132,65 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB cotado do tipo a US$ 18,91 c/lb, sem variação.