Açúcar reduz ganhos, mas ainda fecha em alta com geadas no Centro-Sul
Os futuros do açúcar nas bolsas de Nova York e Londres encerraram a sessão desta quinta-feira (1º) com leves altas, mas ainda longe das máximas do dia. O mercado assimila as informações de geadas no Centro-Sul do Brasil e também seguiu as oscilações do financeiro.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou valorização de 0,28%, cotado a US$ 17,94 c/lb, com máxima de 18,49 c/lb e mínima de 17,73 c/lb. Enquanto que o tipo branco em Londres teve ganhos de 0,67%, negociado a US$ 450,70 a tonelada.
Depois de saltar expressivamente para máximas de quatro meses pela manhã, os futuros do açúcar nos terminais externos oscilaram entre ganhos e perdas durante a tarde, mas consolidaram ganhos no fim do dia com as geadas no Centro-Sul, apesar de não haver reportes de danos.
Na região de Ribeirão Preto, a mínima recorde na madrugada desta quinta-feira foi de 0,5ºC, segundo dados de estação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Segundo observaram analistas consultados pela agência de notícias Reuters na sessão, a safra de cana-de-açúcar já estava sendo revisada pelos envolvidos do mercado para baixo devido ao clima seco desta estação no Brasil e agora ocorrem as preocupações com geadas no cinturão de produção.
Apesar disso, o frio deve começar a diminuir em áreas do país, minimizando temores. "A Somar Meteorologia disse que as temperaturas estão subindo e não há mais geadas na previsão para as áreas de cultivo de cana-de-açúcar", destacou a fornecedora de informações de commodities Barchart.
No financeiro, o dia foi marcado por suporte dos futuros do petróleo com alta expressiva nas cotações. Em contrapartida, o dólar comercial tinha alta de mais de 1% sobre o real nesta tarde, favorecendo as exportações, mas com pressão às commodities agrícolas.
Ainda negativamente, o mercado também monitorava a informação de que a PepsiCo planeja reduzir o teor de açúcar em refrigerantes e chás gelados em um quarto na União Europeia até 2025, além de lançar lanches considerados mais nutritivos, segundo a Reuters.
Mercado interno
Depois de alta nos últimos dias, o mercado do açúcar recuou no indicativo do Cepea. Como referência, na véspera, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve desvalorização de 1,23%, cotado a R$ 113,57 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, a R$ 132,65 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB cotado do tipo a US$ 18,37 c/lb com valorização de 2,32%.
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