Temores com oferta fazem açúcar saltar mais de 1% nesta 4ª em NY e Londres
As preocupações com a oferta no mercado do açúcar voltaram a dominar as negociações nesta quarta-feira (17). Os futuros do adoçante fecharam a sessão com altas de mais de 1% nas bolsas de Nova York, que testou máximas de quase quatro anos, e de Londres.
O principal vencimento do açúcar em Nova York saltou 1,19%, cotado a US$ 16,11 c/lb, com US$ 16,19 de máxima e mínima de US$ 15,94 c/lb. Em Londres, a sessão finalizou o dia com ganhos de 1,53%, a US$ 463,50 a tonelada.
Negociadores destacaram que os temores de oferta limitada estão relacionados com as previsões menores para a produção da Índia, além de continuação de uma colheita ruim na Tailândia e a incerteza sobre a próxima safra do Brasil.
Primeiro contrato do açúcar em Nova York testou máximas quase de 4 anos nesta quarta - Foto: Copersucar/Divulgação
Para o Brasil, maior produtor de açúcar do mundo, as usinas estão planejando um atraso no início da nova safra. Além disso, a StoneX prevê uma safra de cana-de-açúcar em 2021/22 em 590 milhões de toneladas, sobre 605 milhões de t em 2020/21.
"Entendemos que parte dessa valorização que houve no mercado também acompanha também o cenário macro das commodities. Mas o mercado ainda tem sustentação, porque os fundamentos devem melhorar mais para a metade do ano, porém não está descartada uma correção", disse Lígia, consultora sênior em gerenciamento de risco da StoneX.
Mercado interno
O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, fechou com queda de 0,73%, a R$ 104,92 a saca de 50 kg na sexta-feira (12).