Mercado do açúcar fecha sessão com alta expressiva nesta 4ª em Londres e NY
O mercado do açúcar encerrou esta quarta-feira (13) com a maior alta desde o início de dezembro e retomando máximas dos últimos dias de mais de três anos na Bolsa de Nova York e em Londres com expectativas pela safra 2021/22 de cana de açúcar e em dia de divulgações importantes sobre a safra do Brasil.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 2,46%, negociado a US$ 15,84 c/lb no dia, mas chegou a se aproximar dos US$ 16 c/lb no dia. Em Londres, o açúcar branco teve avanço de 2,34%, a US$ 446,20 a tonelada.
A União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica) atualizou na manhã desta quarta-feira a moagem da safra 2020/2021 no Centro-Sul do Brasil que totalizou desde o início da safra, até 01 de janeiro de 2021, 597,36 milhões de toneladas no Centro-Sul do país.
Um crescimento de 3,16% ante o mesmo período do último ciclo. Porém, a produção de açúcar atingiu 38,20 milhões de t, cerca de 44% maior do que no mesmo período da safra anterior e a de etanol atingiu 9,59 bilhão de litros de anidro (-2,70%) e 19,71 bilhão de litros de hidratado (-11,60%).
"Esses números da Unica já estavam absorvidos pelo mercado, mas o importante é a visão para a próxima safra, 2021/22, que começará a ser moída em março, e já se fala de uma quebra esperada de 2% a 4%", afirma Arnaldo Luiz Corrêa, diretor da Archer Consulting. O número reflete a seca no Brasil, menor cuidado cultural e área.
Apesar disso, o analista aponta que há fatores de limitação aos preços futuros no médio e longo prazos, como a expectativa de uma produção elevada na Índia e o menor consumo mundial de açúcar no mundo em decorrência da pandemia do coronavírus.
Ainda hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atualizou a produção de cana de açúcar do Brasil em 2020 em 677,9 milhões de toneladas. Uma queda de 1,8% em relação ao levantamento do mês anterior.
O rendimento médio dos canaviais caiu 1,2%. Em relação ao ano de 2019, as estimativas de produção apresentam acréscimo de 1,6%, com queda de 0,3% na área destinada à colheita e aumento de 1,9% no rendimento médio.
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Mercado interno
Do lado interno, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA-Esalq/USP) os negócios no spot de São Paulo estão lentos. Segundo Corrêa, muitas indústrias fixaram preços consideráveis para as safras 2021/22 e até 2022/23.
O Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, fechou a R$ 105,41 a saca de 50 kg na terça-feira (12).