Moagem de cana no Centro-Sul deve diminuir para 600 mil t em 2017/18, diz Safras & Mercado
A produção de cana-de-açúcar da região Centro-Sul e do Brasil devem diminuir em 2017/18. É o que aponta a primeira sondagem de SAFRAS & Mercado.
Para o Centro-Sul, a expectativa é de uma safra de 600 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, representando uma queda de 4,00% sobre os números da safra anterior, que teve uma produção de 625 milhões de toneladas.
Enquanto isso, a projeção para a produção nacional total de cana-de-açúcar de SAFRAS & Mercado é de 650 milhões de toneladas, recuo de 4,48%.
A produção de açúcar do Centro-Sul deve diminui para 36 milhões de toneladas em 2017/18, ou -1,4%, contra as 36,5 milhões de toneladas indicadas para 2016/17.
Em termos nacionais, a produção total de açúcar está estimada pela SAFRAS & Mercado em 39,00 milhões de toneladas, contra 40,3 milhões de toneladas no ano anterior, uma queda esperada de 3,23%
Já a produção total de etanol da região Centro-Sul deve crescer, passando de 30,00 bilhões de litros para 31 bilhões de litros (+3,33%).
SAFRAS & Mercado estima também a produção nacional de etanol total (hidratado mais anidro) em 34,00 bilhões de litros, número que, se confirmado, apresentará elevação de 5,95% sobre os 32,09 bilhões de litros projetados para 2016/17.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Maurício Muruci, o mix das usinas deve ser mais “alcooleiro” no início da temporada de moagem, diante da necessidade de fluxo de caixa imediato para o pagamento de custos operacionais das unidades produtoras.
“Porém, com o decorrer da temporada, a necessidade de cumprimento dos contratos de exportação de açúcar já firmados em 2016 fará com que o mix passe a se equilibrar”, aponta Muruci.
Segundo ele, a queda nos referenciais internacionais do açúcar no último trimestre de 2016 tende a ser compensada pela desvalorização do real frente ao dólar.
Para 2017, a expectativa da SAFRAS & Mercado é que as exportações brasileiras totalizem 31 milhões de toneladas, crescendo quase 11% contra as 28 milhões de toneladas projetadas para o ano ainda em curso.