Cana: ATR tem variação positiva superior a 12% neste início da safra

Publicado em 02/12/2015 09:15

Os preços dos produtos da cana-de-açúcar não param de aquecer o mercado, o que impulsiona o bom desempenho do ATR na safra 2015/2016. O mix de produção da cana é tido como principal responsável pela alta do Açúcar Total Recuperável, que já variou mais de 12% nos primeiros meses deste ciclo. 

Seguindo as altas dos últimos meses, o preço líquido do quilo do ATR passou de R$ 0,6332 em outubro para R$ 0,6558 em novembro, uma variação positiva de 3,5% do seu valor no mercado em relação ao mês anterior. 

Os dados foram obtidos pelo Conselho de Produtores de Cana-de-açúcar e Etanol dos Estados de Alagoas e Sergipe (Consecana-AL/SE), através de informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada/ Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/ Universidade de São Paulo (CEPEA/ ESALQ /USP).

O preço médio do quilo do Açúcar Total Recuperável em novembro chegou a R$ 1, 1187, com posição média acumulada de R$ 1,0980. O saco do açúcar cristal, consumido no mercado interno, passou de R$ 64,71 para R$ 71,43. 

A exceção da maré positiva do mix de produção foi o VHP comercializado nos mercados americano e mundial. Neste início de safra, o VHP vendido no mercado mundial teve diminuição de preço. O saco passou de R$ 56,23 para R$ 53,78 em novembro. Já o VHP vendido no mercado americano teve uma leve redução na cotação e passou de R$ 105,03 em outubro para R$ 104, 82. 

Etanol

A maior alta dos produtos derivados da cana-de-açúcar foi o metro cúbico do etanol anidro, que em outubro foi comercializado a R$ 1.779,48 e passou para R$ 2.090. O etanol hidratado também seguiu a sequência de alta e passou de R$ 1.548,89 para R$ 1.703, 01 em novembro. 

Segundo o Consecana-AL/SE, os dados apontaram, ainda, que o preço líquido da tonelada de cana padrão em Alagoas (114 kg de ATR) manteve o bom crescimento dos últimos meses, passando de R$ 72,2418 em outubro para R$ 74, 8202 em novembro, com posição acumulada de R$ 73, 4283. 

Fonte: BCCOM Comunicação

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