Unica diz que redução do uso do diesel na França pode gerar oportunidade para etanol brasileiro
São Paulo, 10 de dezembro de 2014 – Após anos de uso do diesel como principal combustível em sua matriz energética, chegando a 80% da frota de veículos, a França anunciou que irá retirar, gradativamente, os subsídios dados a essa fonte de energia, aumentando, no ano que vem, em 4 centavos de euro o litro e, consequentemente, reduzindo seu consumo, além de instaurar um sistema para identificação dos veículos, possibilitando as autoridades locais limitar o acesso de carros mais poluentes às cidades.
A medida pode ser uma oportunidade na adoção de fontes de energia mais limpas e renováveis para a frota automotiva francesa, entre elas os biocombustíveis como o etanol e o carro elétrico.
A União da indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) desde 2008 mantém um diálogo com autoridades e o mercado automotivo europeu com o objetivo de mostrar os benefícios para o meio ambiente proporcionados pelo etanol e a adoção do combustível brasileiro como alternativa para o consumidor local.
Recentemente a UNICA, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), organizou em Bruxelas (Bélgica) um seminário dedicado aos biocombustíveis. O “Think Energy. Think Brazil: Perspectives on the 2030 Energy and Climate Package” reuniu especialistas para debater o uso dos biocombustíveis sustentáveis no transporte da União Europeia (U.E.), além de promover o etanol de cana-de-açúcar como uma opção para reduzir a poluição local, objetivo das autoridades francesas.
Além disso, Géraldine Kutas, assessora sênior da Presidência da UNICA para Assuntos Internacionais, participou do painel ‘Policy, policy, policy: 2014 Milestones and future implications’ durante o F.O.Licht’s World Ethanol and Biofuels , realizado em novembro último em Londres. Em sua palestra, a executiva enfatizou o aumento da mistura de etanol na gasolina para 27.5% e a maior eficiência dos caros flex, gerando interesse entre os europeus, que atuam para convencer as autoridades a autorizar a mistura de E20 na U.E.