Soja sobe forte em Chicago nesta 5ª feira à espera do novo USDA e olho no clima do Corn Belt

Publicado em 11/08/2022 14:33

Os futuros da soja sobem mais de 20 pontos entre as posições mais negociadas na Bolsa de Chicago na tarde desta quinta-feira (11). Perto de 14h (horário de Brasília), os ganhos eram de 14 a 20,75 pontos, com o novembro sendo cotado a US$ 14,48 e o janeiro a US$ 14,54 por bushel. Ainda no complexo soja, óleo e farelo também davam estímulo aos preços do grão, com ganhos de mais de 2% e 1%, respectivamente. 

O mercado, embora monitore de perto os fundamentos, tem trabalhado durante toda esta semana à espera dos novos dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que serão reportados no boletim mensal de oferta e demanda nesta sexta-feira, 12 de agosto. 

As expectativas para o relatório são elevadas neste mês, uma vez que a nova safra dos EUA está em pleno desenvolvimento e as condições climáticas não têm sido as melhores em todo o Corn Belt. 

Assim, entre os fundamentos, o quadro climático no Meio-Oeste americano é um dos mais importantes agora e os mapas continuam mostrando chuvas limitadas para o oeste e norte do cinturão, o que pode continuar comprometendo o potencial da temporada 2022/23 e ajudou a dar bom fôlego às cotações em Chicago nos últimos dias. 

"O mapa de acumulados nas últimas 24 horas indica que não ocorreram chuvas nas planícies do Norte, Centro e nos estados do Centro-Oeste e Leste. As chuvas de até 25 mm ficaram concentradas na região sudeste e Delta dos EUA", relatou o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa. 

Ao lado do clima, a demanda também traz notícias importantes nesta semana, incluindo algumas vendas anunciadas dos EUA para a China nos últimos dias. A necessidade de cobertura da nação asiática nos próximos meses ainda é grande e ela terá de vir às compras, só resta saber em qual origem. 

Nesta quinta, uma nova venda foi informada, porém, desta vez para o México, de pouco mais de 100 mil toneladas, mas também com todo volume sendo da safra 2022/23. 

Além disso, os números das vendas semanais para exportação vieram dentro das expectativas do mercado e também ajudam na sustentação das cotações. 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

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