Brasil terá mais soja não transgênica em 22/23 com demanda da UE e prêmio em alta, diz ISL

Publicado em 23/06/2022 16:44 e atualizado em 23/06/2022 17:45

Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - O plantio de soja não transgênica do Brasil na nova temporada (2022/23) deverá crescer 24%, em ritmo muito superior ao da área total semeada, formada em sua grande maioria por grãos geneticamente modificados, com uma demanda maior da Europa levando à forte alta nos prêmios do grão convencional, de acordo com estudo do Instituto Soja Livre (ISL).

Além da demanda crescente europeia por produtos não transgênicos, o Brasil deverá ocupar espaço deixado pela Índia, que planta somente soja convencional e tem limitado embarques de produtos agrícolas, em momento que os preços de óleos vegetais dispararam.

Outro fator citado pela ISL é recente movimento da Bunge no Brasil para operar unidades industriais da Imcopa, que processa somente grãos convencionais, uma demonstração da aquecida demanda externa.

"A soja que a Índia produz é toda convencional, mas vendida para a Europa sem prêmio, sem sustentabilidade... e agora com a pandemia, a Índia fechou suas fronteiras para exportação de alimentos e gerou essa demanda extra (para o Brasil)", disse o diretor de Relações Internacionais do ISL, Endrigo Dalcin, à Reuters.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Importações de soja pela UE em 2024/25 aumentam 7% até 24 de novembro
Soja: Apesar de nova dispara do óleo em Chicago, preços do grão voltam a recuar nesta 3ª feira
Paraná passa a ter 92% da safra de soja em "boa" condição após seca no noroeste
Crise hídrica traz prejuízos para o desenvolvimento do plantio da soja em Palotina/PR
Soja sobe timidamente em Chicago nesta 3ª frente a notícias que já conhece e de olho no financeiro
Concentração da colheita da soja no BR deve trazer impacto considerável aos preços no BR
undefined