Soja fecha em alta pela terceira sessão consecutiva em Chicago nesta 5ª ainda de olho no USDA
O mercado da soja terminou o dia do lado positivo da tabela na Bolsa de Chicago, porém, com ganhos modestos nas posições mais negociadas. Os futuros da oleaginosa subiram entre 3,50 e 5,25 ´pontos, com o janeiro sendo cotado a US$ 12,22 e o maio/22, referência para a safra brasileira, valendo US$ 12,43 por bushel. A exceção foi o novembro, que já sai da tela nos próximos dias, terminando a sessão com 12,50 pontos e valendo US$ 12,16.
As cotações, segundo explicam analistas e consultores de mercado, continuam refletindo os últimos números divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na terça-feira, os quais trouxeram menores produção e produtividade norte-americanas, enquanto o mercado esperava pelo contrário, apostando em uma safra maior.
Para Mário Mariano, diretor comercial da Novo Rumo Corretora e da Agrosoya, o boletim, de fato, mudou o humor do mercado. Todavia, acredita que o otimismo que não deve durar muito tempo. O mercado, afinal, conhece seus fundamentos - entre eles o plantio recorde no Brasil e a finalização da safra americana - e deve seguir se comportando lateralmente, esperando por novidades fortes o suficiente para mexer com os preços.
Mais do que isso, Mariano ainda citou que o mercado especula sobre compras de soja pela China de 18 a 20 navios, boa parte tendo sido feitas nos EUA, com a nação asiática aproveitando os atuais preços depois das baixas sequentes na Bolsa de Chicago. A informação, porém, combinada com os atuais fundamentos, acaba se mostrando insuficiente para estimular um movimento mais duradouro, ao menos por agora, das altas da commodity no mercado futuro norte-americano.
Assim, esse comportamento tímido do mercado, com a lateralização das cotações, tende a continuar. "O fator negativo já está presente", diz o analista de mercado, e agora os traders esperam por novidades, principalmente por parte da demanda chinesa.
PREÇOS NO BRASIL
No Brasil, os preços da soja no mercado físico não seguiram um mesmo caminho, nesta quinta-feira (11), entre as principais regiões produtoras e praças de comercialização. Enquanto São Gabriel do Oeste, em Mato Grosso do Sul, perdeu 1,36% para R$ 145,00 por saca, em Cascavel, no Paraná, a alta foi se 0,67% para R$ 150,00.
Nos portos, estabilidade nesta quinta. Em Paranguá, R$ 160,00 no disponível e R$ 152,00 para a nova safra, referência fevereiro/22, enquanto em Rio Grande os indicativos foram a R$ 158,00 e R$ 152,00, respectivamente.
A baixa de 1,74% do dólar frente ao real, levando a moeda americana aos R$ 5,40, limitou o avanço das cotações no mercado nacional.