Soja: Com demanda concentrada no BR e bom avanço do plantio, Chicago intensifica baixas nesta 4ª
O mercado da soja intensificou suas baixas no início da tarde desta quarta e, perto de 13h (horário de Brasília), recuava entre 13,50 e 14 pontos nas posições mais negociadas na Bolsa de Chicago. Assim, o vencimento novembro/21 tinha US$ 12,30 e o maio/22 voltava aos US$ 12,62 por bushel.
Além dos fundamentos já conhecidos - e que neste momento são pde pressão sobre as cotações da oleaginosa na CBOT - os traders acompanham ainda as boas condições de clima que se seguem para o plantio no Brasil, além da demanda chinesa pela soja brasileira neste momento.
"A China continua comprando soja no Brasil para embarque novembro, 'roubando' um pedaço importante do programa americano. A cobertura das indústrias chinesas está avançando rapidamente, o que poderá se converter em uma virada de chave da soja americana para a brasileira mais ceod, fator negativo para a CBOT", explicaram os analistas de mercado da Agrinvest Commodities.
As compras da nação asiática caminham de forma lenta e sem sinais de como devem acontecer nas próximas semanas para que o abastecimento da nação chinesa se dê adequadamente até o final do ano. Neste momento, a soja brasileira se mostra bastante viável para os compradores chineses, principalmente para os embarques mais curtos dado seu elevado teor de óleo. No comparativo de preços, a oleaginosa do Brasil também compete bem com a dos EUA agora no diferencial dos basis.
Além disso, o mercado da soja em grão observa ainda as baixas agressivas no óleo de soja, com os futuros do derivado perdendo mais de 1,5%, acompanhando as baixas superiores a 3% do petróleo, tanto no brent, quanto no WTI. Parte dessa pressão sobre o petróleo e mais commodities se dá pelas preocupações com a China e novos casos de coronavírus sendo confirmados no país.