Soja perde força em Chicago na tarde desta 4ª com pressão do óleo
No início da tarde desta quarta-feira (22), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago voltaram a operar com estabilidade, chegando a testar leves baixas depois de subir, mais cedo, até 12 pontnos nos principais vencimentos. Perto de 12h30 (horário de Brasília), as cotações tinham variações de 0,25 a 1 ponto, entre altas e baixas, com o novembro valendo US$ 12,75 e o maio/22 com US$ 12,92 por bushel.
O mercado perdeu força, como explica o analista Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities, depois do anúncio da EPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA) anunciou a sugestão de um corte regressivo na produção de biodiesel para 2021, 2022 e 2023. "Essa redução impacta diretamente o consumo do óleo, que passou para o negativo (em Chicago)", diz. "Menos óleo, menos esmagamento, menos consumo de soja".
Mais cedo, os futuros do óleo de soja na CBOT chegaram a subir mais de 2%, acompanhando os ganhos expressivos também do óleo de canola. Assim, as perdas no derivado da soja eram de pouco mais de 0,5% na tarde desta quarta-feira.
Paralelamente, o mercado continua se pautando em infomações já conhecidas e precisa de novidades fortes para se posicionar de forma mais incisiva e definir sua trajetória. Até que isso aconteça e essas novas notícias cheguem, os futuros da oleaginosa deverão seguir transitando entre US$ 12,50 e US$ 13,00 na CBOT.
Permanecem no radar o andamento da colheita nos EUA, o plantio no Brasil - ainda sem chuvas adequadas para adotar o ritmo que poderia - e o comportamento da demanda entres os fundamentos.
Paralelamente, foco também no financeiro, nos desdobramentos do caso da incorporadora China Evergrande, que deverá pagar seus juros e evitar um novo calote, dando certo ao fôlego aos mercados. A volta da China do feriado do Festival da Lua também auxilia.
Assim, sobem todas as commodities nesta manhã de quarta, além dos índices acionários. O petróleo tem ganhos de mais de 1% no WTI e no Brent. Atenção ainda aos juros nos EUA, no Brasil, e o pacote de estímulos à economia americana.