Soja ameniza baixas em Chicago nesta 4ª feira, mas não desvia foco do clima no Corn Belt
Depois de iniciarem o dia com baixas intensas, o mercado da soja na Bolsa de Chicago passa a opera próximo da estabilidade no final da manhã desta quarta-feira (16). Perto de 11h30 (horário de Brasília), o contrato julho já subia 3 pontos, para ser cotado a US$ 14,68 por bushel, enquanto as demais posições perdiam entre 0,50 e 3 pontos, para o novembro ser cotado a US$ 13,70.
O foco do mercado permanece sobre o clima no Corn Belt.
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A divergência entre os modelos europeu e norte-americano continuam aparecendo, mas ambos mostram chuvas e temperaturas mais amenas para os EUA nos próximos dias. Os mapas atualizados pelo NOAA, o serviço oficial de clima dos Estados Unidos, apontam para precipitações um pouco mais limitadas no país, especialmente a oeste.
Previsão de Chuvas para os EUA entre 23 e 29 de junho - Fonte: NOAA
Previsão de Temperaturas para os EUA entre 23 e 29 de junho - Fonte: NOAA
Com as baixas desta quarta, os futuros da soja testam suas mínimas em dois meses, sentindo não só a pressão da previsão de um cenário climático mais favorável para as próximas semanas, mas também pelo recuo no ritmo do esmagamento norte-americano, que já vem sendo registrado há alguns meses.
"Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago estão no caminho para a quinta sessão consecutiva de baixas diante do baixo esmagamento e das previsões favoráveis de clima para a próxima semana, o que também alivia a pressão sobre os estoques já muito apertados nos EUA", explicam os analistas do portal The Farm Futures.
Desde a última quarta-feira, os preços caíram US$ 1,18 por bushel diante também das preocupações e incertezas que rondam o mercado de biocombustíveis nos EUA, diante da pressão pela qual passa o presidente americano Joe Biden, dividido entre sua agenda ambiental e as refinarias de petróleo.