Soja: Com vendas semanais fracas nos EUA, mercado recua forte e realiza lucros em Chicago
Após testar suas máximas do ano, com altas que passavam de 20 pontos na manhã desta quinta-feira (25), o mercado da soja na Bolsa de Chicago volta a recuar e registrando baixas bastante expressivas entre as posições mais negociadas. As vendas semanais para exportação dos EUA divulgadas há pouco pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) vieram fracas, abaixo das expectativas e ajudam a derrubar o mercado dos grãos na CBOT.
O volume do milho e do trigo registraram suas mínimas do ano comercial e a oleaginosa com o segundo menor volume da temporada. A China se mostrou mais inativa nesta última semana, não fez compras de ambos os grãos e na soja adquiriu somente volumes 2021/22.
Assim, por volta de 12h15 (horário de Brasília), as cotações perdiam entre 17,25 e 25,5 pontos, com os primeiros vencimentos perdendo novamente o patamar dos US$ 14,00 por bushel. Assim, o março tinha US$ 13,98 e o agosto, US$ 13,50.
As vendas semanais de soja dos EUA 2020/21 foram de apenas 167,9 mil toneladas, contra o intervalo esperado de 200 mil a 800 mil toneladas. A Holanda foi a principal compradora da commodity americana. Em todo ano comercial, o poáis já vendeu 59,952,8 milhões de toneladas de soja, contra 33,7 milhões do ano passado, neste mesmo período. A estimativa é de que sejam exportadas 61,24 milhões.
Da safra 2021/22, as vendas foram de 70,8 mil toneladas.
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Um movimento de realização de lucros também ajuda a pressionar os preços, que vinham subindo por sua quinta sessão consecutiva em Chicago. Ainda assim, fatores importantes permanecem no radar dos traders do mercado internacional.
O atraso dos embarques no Brasil e as notícias de que a continuidade das chuvas seguirão mantendo lento o ritmo das operações nos próximos dias é destaque entre as análises internacionais e segue dando suporte ao avanço dos preços.
Além dos embarques, a colheita também segue atrasada em regiões importantes. Segundo informações da AgRural, este atraso é o mais severo em 10 anos e também continua a ser monitorado pelos traders.
Ainda segundo analistas internacionais, o clima seco na Argentina também permanece no radar, bem como a demanda ainda presente ao lado de uma oferta muito limitada.