Soja intensifica os ganhos em Chicago, se aproxima dos US$ 14 e renova suas máximas desde 2014
O mercado da soja voltou a subir com mais intensidade nesta tarde desta sexta-feira (8) na Bolsa de Chicago. Por volta de 14h (horário de Brasília), as posições mais negociadas subiam entre 16,50 e 22,50 pontos, com o janeiro e o março sendo cotados a US$ 13,77 por bushel. Além dos fundamentos já conhecidos, novas notícias vindas do front da demanda contribuem para o avanço dos preços depois da correção da sessão anterior.
Uma venda de 204 mil toneladas de soja da safra 2020/21 dos EUA para a China foi informada pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta sexta-feira (8). Este foi o segundo anúncio da semana, uma vez que nesta quinta foram informadas duas vendas para destinos não revelados de 213,350 mil toneladas da safra atual e 130 mil da 2021/22.
As questões de clima na América do Sul, e a preocupação com os campos argentinos principalmente, segue no centro das atenções entre os traders na CBOT.
"Os futuros da soja aceleram o movimento de alta, com o contrato março se aproximando dos US$ 14 por bushel. A situação climática na Argentina, os estoques globais apertados sustentam o rally e os preços renova suas máximas desde julho de 2014", explicam os analistas e consultores de mercado.
Nos últimos 30 dias, o contrato março já registra um aumento de mais de US$ 2,00 por bushel e o espaço para a continuidade da escalada ainda é grande, como explicam os especialistas.
Também no final desta semana, o mercado se ajeita antes da chegada do novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que chega no dia 12 de janeiro, bem como o de estoques trimestrais. E em ambos os casos se espera uma redução nos números da oleaginosa, o que, confirmada, poderia trazer ainda mais força aos preços.