Soja intensifica perdas em Chicago com clima na América do Sul e menor demanda nos EUA
O mercado da soja na Bolsa de Chicago vem intensificando suas perdas no pregão desta quarta-feira (8) e, por volta de 12h20 (horário de Brasília), as cotaçoes recuavam entre 10 e 14,75 pontos, com as perdas mais fortes sendo registradas nas posições mais próximas. Dessa forma, o janeiro já tinha US$ 11,43 e o março, US$ 11,48 por bushel.
A demanda menos frequente no mercado norte-americano ajuda a pressionar as cotações na CBOT. Os EUA já comprometeram um volume recorde de soja para exportação que chega a 86% do total estimado para a safra 2020/21 e, o produto brasileiro já começa a se mostrar mais barato para o próximo ano, atraindo os compradores de volta ao mercado nacional.
O mercado brasileiro da soja começa a semana com boas notícias no front da demanda. De acordo com a Pátria Agronegócios, a China voltou a buscar a oleaginosa nacional. "O mercado em Chicago registra algumas queda com a confirmação de que importadores chineses estão de volta à procura pela soja brasileira. As compras são para embarques a partir de 2021", explica Matheus Pereira, diretor da consultoria.
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"O mercado precisa de novas armas para retomar a tendência altista. A expectativa está em cima do relatório mensal de oferta e demanda mundial do USDA na quinta-feira", explica Steve Cachia, consultor da Cerealpar e da TradeHelp, direto de Malta ao Notícias Agrícolas.
Ele explica ainda que embora haja bastante euforia em torno do início da vacinação contra o Covid-19 - a primeira pessoa fora de um estudo foi imunizada nesta quinta no Reino Unido - há também bastante cautela entre os mercados, uma vez que trata-se de um ano atípico para a produção sul-americana e de demanda intensa nos EUA.
"Apesar do pessimismo de 2020, ainda há a possibilidade de termos um rally antes do Natal. O USDA e/ou São Pedro vão determinar se isso vai ou não ocorrer", completa Cachia.