Soja sobe mais de 1,5% em Chicago e supera máximas em mais de dois anos com clima nos EUA
A semana começa com a soja subindo mais de 1,5% na Bolsa de Chicago e registrando suas máximas em mais dois anos diante das preocupações com o clima seco nos Estados Unidos. Perto de 7h30 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 10,50 e 14 pontos nos principais contratos, com o novembro valendo US$ 9,64 e o julho/2021, US$ 9,70 por bushel.
O mercado encontra na falta de chuvas nos EUA espaço para as boas altas e espera, inclusive, que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduza novamente o índice de lavouras de soja e milho dos país mais uma vez.
O final de semana ainda foi de tempo seco e as previsões, segundo especialistas internacionais, continuam a preocupar os produtores norte-americanos.
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Além das preocupações com o clima, os futuros da soja também são estimulados pela força da demanda da China nos EUA que, diante da falta de produto no Brasil e do crescimento de consumo do país norte-americano. Novas compras podem ser feitas nesta semana e os movimentos são monitorados pelos traders.
O avanço da soja acontece pelo sexto dia consecutivo e chega depois de uma semana com altas acumuladas superiores a 5%.
"O sentimento dos fundos de commodities está mais otimista em geral, com aumento na exposição ao risco. Especificamente para a soja e grãos, suporte do clima nos EUA. Depois da tempestade Derecho afetando a produtividade no estado de Iowa, agora são previsões de clima seco e quente ameaçando a produvidade no centro-oeste americano", explica Steve Cachia, consultor de mercado da Cerealpar.
A segunda-feira é positiva ainda para as demais commodities, com altas de quase 2% entre os futuros do milho e do trigo em Chicago, altas superiores a 3% para o café na Bolsa de Nova York, bem como para o petróleo, com o WTI registrando altas de mais de 1% e o barril sendo cotado a US$ 43,49.
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