Soja sobe pela quarta sessão em Chicago nesta 5ª e mercado no BR foca TEC zero para importações
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago sobem nesta quinta-feira (27) e já marcam a quarta sessão consecutiva de ganhos na CBOT. Por volta de 7h05 (horário de Brasília), as altas variavam de 4 e 5,50 pontos nos contratos mais negociados, levando o novembro a US$ 9,30 e e o maio a US$ 9,38 por bushel.
A demanda forte da China nos EUA tem sido um dos principais insumos para este avanço dos preços, segundo analistas e consultores de mercado. Ontem, a nação asiática fez uma nova compra de 400 mil toneladas - elevando o total nesta semana a mais de 700 mil - e estimativas indicam que as importações da nação asiática serão recordes nos EUA e podem chegar a 40 milhões de toneladas neste ano.
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Do outro lado, segue a atenção ao clima nos EUA e a falta de chuvas que ainda preocupa o produtor americano, principalmente no Oeste do Corn Belt. "A secea nos EUA é uma preocupação, mas não o assunto principal. A peça chave são as compras chinesas", disse um analista internacional a Reuters Internacional.
O mercado se atenta ainda ao furacão Laura, que se aproxima do Golfo dos EUA e pode causar danos aos estados do Texas e da Louisiana.
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"Mercado internacional atento ao furacão Laura nos EUA, às novas estimativas de safra dos EUA e de possíveis novas compras pela China", afirma o consultor de mercado Steve Cachia, da Cerealpar. Além disso, destaca ainda a atenção do mercado aos números das vendas semanais para exportação que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz nesta quinta com expectativas para a soja de 1,2 a 2,4 milhões de toneladas.
No cenário brasileiro, foco no dólar - que ontem fechou acima dos R$ 5,60 - e a possibilidade da isenção de tarifas de importação para soja, milho e arroz de países de fora do Mercosul.
"O mercado interno de soja e milho pode viver momento mais calmo, com talvez mais ofertas principalmente no milho, caso se confirmam importações livre de tarifas pelo Brasil. Mas essa notícia, no curto prazo, não é suficiente para esfriar a corrida altista dos preços e o comportamento depende mais da atuação do dólar e também de Chicago no momento", completa.