USDA informa novas vendas de soja para China e demais destinos de mais de 900 mil t nesta 4ª feira
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou novas vendas de soja nesta quarta-feira (22) que totalizaram 926,3 mil toneladas entre volumes da safras velha e nova, China e destinos não revelados.
De acordo com o informe, os EUA venderam 453 mil toneladas da oleaginosa para a nação asiática, sendo 66 mil da safra 2019/20 e 387 mil da safra 2020/21. Há ainda o reporte de 262 mil toneladas também para a China, da safra nova.
Uma outra venda de 211,3 mil toneladas de soja para destinos não reveladas também veio no anúncio diário, e todo o volume refere-se à nova temporada.
Com as operações desta quarta, o total de soja vendida dos EUA para a China e mais destinos - que o mercado especula ser o país asiático - passam de 1,3 milhão de toneladas, confirmando a presença mais frequente no mercado norte-americano.
A reação do mercado, porém, mais uma vez é bastante tímida diante das novas vendas. Os traders, como explicam analistas e consultores, afinal, já esperavam por essas compras maiores e mais frequentes e precisam de novas notícias para trazer ganhos mais vigorosos aos preços em Chicago.
"Esse aumento de importação de soja por parte da China já está totalmente precificado, não é mais um dado novo. Assim como já está precificada uma safra maior nos EUA, uma área recorde na América do Sul, uma tendência de safra recorde na América do Sul sem grandes ameaças climáticas. E assim, o mercado fica oscilando em uma banda estreita", explica o sócio-diretor da Cogo Inteligência em Agronegócio, Carlos Cogo.
Seguem as atenções divididas entre as questões ligadas ao clima nos EUA - que seguem favoráveis até este momento, sem apresentar grandes ameaças à safra 2020/21 - e ao andamento da demanda, com novas compras da China nos EUA, as quais têm se mostrado mais frequentes nos últimos dias.
Os traders acompanham, principalmente, estas duas frentes do mercado, mas também ainda realiza lucros depois das altas fortes das últimas semanas, que levaram as cotações a voltarem a operar na casa dos US$ 9,00 por bushel.