USDA: Vendas semanais de soja dos EUA passam de 1 mi de t e mercado recebe bem os números
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualizaram os dados das vendas semanais para exportação com números acima das expectativas para o milho e trigo da safra velha e dentro do esperado para a soja no caso das duas temporadas.
SOJA
Na semana encerrada em 23 de abril, os EUA venderam 1.078,3 milhão de toneladas, contra expectativas de 700 mil a 1,2 milhão de toneladas e o destino principal da oleaginosa americana foi a China. O volume superou a semana anterior e a média das últimas quatro. Em todo o ano comercial, porém, o volume acumulado de 39,05 milhões ainda fica abaixo das mais de 45 milhões de toneladas do anterior, nesse mesmo período.
Da safra nova, as vendas foram de 105 mil toneladas, e o mercado apostava em um intervalo de 100 mil a 400 mil toneladas. O México foi o destino principal.
E o mercado da oleaginosa parece receber bem os números, com ganhos na Bolsa de Chicago que passavam de 15 pontos, por volta de 11h30 (horário de Brasília), levando o maio de volta aos US$ 8,47 por bushel e o agosto a US$ 8,53.
MILHO
Os Estados Unidos venderam ainda 1.356,7 milhão de toneladas e o estimado pelos traders variava de 700 mil a 1,2 milhão de toneladas. Em relação à semana anterior o aumento foi de 87% e de 19% na comparação com a média das últimas quatro. O México foi o maior comprador.
Já as vendas da nova safra somaram 339 mil toneladas, também para os mexicanos, com projeções do mercado de 200 mil a 450 mil toneladas.
TRIGO
De trigo, as vendas semanais norte-americanas totalizaram 467,4 mil toneladas, contra expectativas de 100 mil a 300 mil toneladas. Taiwan foi o principal destino. Da temporada 2020/21, aos EUA venderam 155,1 mil, enquanto o mercado esperava de 100 a 350 mil toneladas, sendo também Taiwan como maior comprador.
Soja tem rali em Chicago diante de forte demanda por exportações dos EUA (Reuters)
CHICAGO (Reuters) - Os contratos futuros da soja negociados em Chicago avançaram cerca de 2% nesta quinta-feira, maior alta diária em um mês, diante das fortes exportações semanais dos Estados Unidos e de notícias indicando que a China possui nova demanda pela oleaginosa norte-americana, disseram analistas.
Os futuros do milho se firmaram pelo segundo dia consecutivo, também com fortes vendas de exportação e com sinais de que os piores impactos do colapso no setor do etanol podem ter passado.
O trigo registrou rali após tocar uma mínima de seis semanas, recuperando-se com o suporte de dados melhores do que esperado para as exportações dos EUA e temores de aperto na oferta global.
A soja registrou o maior avanço em bases percentuais.
"As vendas semanais de exportação foram muito sólidas... e há um rumor de que a China está de volta para mais algumas compras", disse Terry Linn, analista da Linn & Associates em Chicago.
Os futuros também obtiveram suporte de coberturas de vendidos ao final do mês --e antes do fim de semana prolongado em grande parte do mundo.
O contrato julho da soja fechou em alta de 17,75 centavos de dólar, a 8,5550 dólares por bushel, enquanto o milho para julho avançou 5,5 centavos, para 3,20 dólares o bushel. O vencimento julho do trigo subiu 7,75 centavos, para 5,2425 dólares/bushel, depois de tocar seu menor nível desde 18 de março (5,0675 dólares).