Soja volta a subir na Bolsa de Chicago nesta 4ª com atenção à demanda e economia global

Publicado em 25/03/2020 07:27 e atualizado em 25/03/2020 11:03

Nesta quarta-feira (25), o mercado da soja volta a subir na Bolsa de Chicago, depois de terminar o pregão anterior com estabilidade. As cotações subiam entre 2,75 e 6,25 pontos nos principais contratos, por volta de 7h10 (horário de Brasília), com o maio sendo cotado a US$ 8,89 e o julho, US$ 8,91 por bushel.

O mercado internacional passa por esse momento de recuperação, após perdas consecutivas na CBOT, agora olhando com um pouco mais de otimismo para o combate à pandemia do coronavírus e com perspectivas melhores à demanda pela oleaginosa norte-americana. Entretanto, como explica Steve Cachia, consultor da Cerealpar e da AgroCulte, as notícias ligadas ao vírus são frágeis, tem rápida validade e a mudança de comportamento dos traders só viria com uma vacina.

"A única carta que de curtíssimo prazo que pode alterar este cenário de incerteza e a confirmação de uma vacina e/ou cura. Para tanto, as cotações das commodities agricolas tendem a seguir sob pressão. Claro que haverá tentativas de reação como está tendo no momento na soja, milho e trigo, mas precisamos de mais dados sobre como o Covid-19 está afetando a demanda antes de comemorar que as mínimas já foram feitas", explica Cachia. 

Mundo a fora, o mercado vai recebendo as informações e processando-as, especialmente aquelas ligadas aos estímulos e medidas que vêm sendo propostas por países e nas principais economias globais. Nesta quarta, os índices asiáticos registraram suas máximas em uma semana, bem como nos EUA foi acordado entre Congresso e negociadores um pacote de US$ 2 trilhões para ajuda no combate ao coronavírus. A votação pelo Senado e Câmara deve acontecer na tarde desta quarta.

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:

>> Brasil já tem contratadas 23 milhões de toneladas de soja para exportar entre março e abril

Cachia reafirma que para o Brasil o momento segue positivo. O dólar se mantém acima dos R$ 5,00 e a demanda pela soja muito aquecida. 

"Dólar alto, Argentina atirando no pé e países produtores de alimentos precisando de matéria-prima para atender o consumo. Afinal de contas, mesmo com quase 1 bilhão de pessoas em quarentena ao redor do mundo, todos precisam comer", completa. 

Tags:

Por: Carla Mendes| Instagram@jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Tecnicamente soja em Chicago recupera tendência de alta com ação dos fundos deixando suas posições, mas movimento ainda é frágil
Demanda da China e alta da soja em Chicago sustentam preços no Brasil, diz Cepea
China faz novas compras de soja nos EUA e no Brasil, marcando mais uma semana de boas novas da demanda
Soja dá sequência às altas em Chicago nesta 6ª feira, acompanhando derivados
Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas debate umidade para classificação da soja
Soja sobe 15 pontos em Chicago e volta a flertar com os US$10/bushel nos vencimentos americanos