Soja segue caminhando com estabilidade em Chicago mesmo diante dos números do USDA
O mercado internacional da soja segue operando com estabilidade na sessão desta quinta-feira (20), mesmo depois dos números vindos do Agricultural Outlook Forum, do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que começou hoje. A instituição estimou um aumento de quase 12% na área de soja a ser plantada da safra 2020/21 nos EUA.
A estimativa veio em 34,4 milhões de hectares, contra 30,80 milhões da safra 2019/20 e dentro das expectativas do mercado de 33,59 a 35,40 milhões. O aumento para a oleaginosa é expressivo - de 11,69% - reflete uma retomada dos produtores depois da severidade do clima na safra 2019/20, que deixou muitas áreas sem plantar no Corn Belt, como aconteceu também com o milho.
Ainda segundo explicam analistas e consultores, o aumento também é esperado diante de uma melhora nas relações comerciais entre China e Estados Unidos. Com a chegada e vigência da fase um do acordo comercial entre os dois países, as expectativas são de que a demanda da nação asiática pela nação asiática no mercado norte-americano volte a crescer.
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>> USDA estima aumento na área de soja nos EUA na safra 2020/21; mais de 34 mi de ha
Os números chegam em um momento importante, porém, quando aexpectativa principal do mercado continua sendo a demanda da China pela soja norte-americana. "A expectativa dos altistas é que, a qualquer momento, o USDA anuncie compras de soja americana pela China", diz Steve Cachia, consultor da AgroCulte e da Cerealpar.
Assim, por volta de 13h15 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa cediam entre 1,25 e 2,75 pontos nos principais contratos, com o março valendo US$ 8,96 e o maio, US$ 9,03 por bushel.
Paralelamente, o coronavírus, a colheita no Brasil e mais fatores geopolíticos mundo a fora também seguem no foco do mercado. "E a maior preocupação do mercado volta a ser uma possível recessão global e a influência sobre a demanda", completa o consultor.