Soja ainda opera com estabilidade, mas testa lado negativo da tabela em Chicago

Publicado em 25/11/2019 12:38

As últimas informações dão conta de que um acordo entre os dois países estaria "bastante próximo", segundo o presidente americano Donald Trump, ao passo que as negociações ainda esbarram em questões espinhosas para os dois países como tecnologia e propriedade intelectual. 

"O conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Robert O'Brien, disse no sábado que um acordo comercial inicial com a China ainda é possível até o final do ano, mas alertou que Washington não fechará os olhos para o que acontece em Hong Kong", noticiou a agência Reuters nesta segunda-feira.

Em paralelo, os traders acompanham ainda todas as notícias ligadas à conclusão da nova safra de grãos dos EUA e espera pelo novo boletim semanal de acompanhamento de safras que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz nesta segunda, após o fechamento do mercado. Na última semana, a colheita da soja já estava concluída em 91% da área. 

Na outra ponta, atenção ao desenvolvimento da temporada na América do Sul, com o mercado acompanhando o plantio da soja no Brasil, Argentina e Paraguai. Os trabalhos de campo estão adiantados no Brasil e as condições climáticas começam a se regularizar. Ainda assim, algumas regiões ainda sofrem com a falta de chuvas ou uma menor abragência das precipitações, causando sérios problemas. 

Quem lidera os trabalhos de campo são os estados de Mato Grosso e Paraná, como tradicionalmente acontece, onde mais de 90% da semeadura da oleaginosa está concluída. 

"A safra 2019/20 do Brasil segue com projeção de área de pouco mais de 37,4 milhões de hectares frente aos 36,4 milhões deste último ano. O clima, aos poucos, vai se normalizando, mantendo o potencial de colheita acima das 122 milhões de toneladas frente as 115,5 milhões colhidas neste ano", diz Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting.

NEGÓCIOS NO BRASIL

A nova semana para os negócios no Brasil, ainda segundo Brandalizze, começa com o foco dos produtores e negociadores focados no dólar. O câmbio, nos útlimos dias, tem sido uma das principais pernas de formação dos preços aqui no mercado nacional e ainda deverá contar com muita volatilidade, portanto, muita atenção. E nesta segunda-feira, a moeda americana sobe frente ao real. Perto de 12h40, o dólar subia 0,39% para ser cotado a R$ 4,20. 

Além disso, alguma disputa ainda entre o mercado interno e a exportação também contribui. Da safra nova já são cerca de 35% comercializados, enquanto da safra velha quase não há mais soja para ser negociada. 

"O mercado deve se manter de olho no dólar, que seguirá sendo o fator de suporte para os indicativos, com grandes chances de manutenção e até leve pressão positiva para o grão que vai para a demanda interna. Afinal, as indústrias devem vir a campo para se abastecer, mas os portos seguirão firmes em função da guerra comercial entre os EUA e China. A disputa entre chineses e americanos deve manter boa presença de compradores nos portos brasileiros e assim, como estamos no pico da entressafra e há pouca soja para ser negociada, há um apelo para manutenção e até para alguns ajustes positivos", explica Brandalizze.

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Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

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