China compra mais 198 mil t de soja dos EUA; mercado em Chicago não reage
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou novas vendas de soja nesta segunda-feira. Foram 198 mil toneladas para a China e outras 240 mil para destinos não revelados. Ambos os volumes referem-se à temporada 2019/20.
Como há muito não acontecia, o USDA vem trazendo, nas últimas semanas, anúncios quase que diários de vendas da oleaginosa dos EUA para a nação asiática. Somente na semana passada foram mais de 700 mil toneladas.
Recentemente, o governo chinês lançou novas cotas para que empresas possam comprar soja dos EUA isentas de tarifação para algo entre 2 milhões e 3 milhões de toneladas, de acordo com informações de agências internacionais de notícias.
No último boletim semanal de vendas para exportação do USDA, reportado na quinta-feira (3), os números da soja vieram bem acima das expectativas do mercado, superando 2 milhões de toneladas e com a maior parte sendo destinada à nação asiática. Somente para os chineses foram mais de 1,5 milhão de toneladas.
E nesta semana se inicia uma nova rodada de negociações entre China e Estados Unidos, em Washington, entre as delegações de alto escalão dos dois países. As reuniões deverão se iniciar na quinta-feira, 10 de outubro, porém, não se espera que um acordo efetivo e definitivo saia desta nova fase de conversas.
Segundo especialistas internacionais e notícias da mídia externa, a China deverá adotar um tom mais rígido para essa nova rodada de negociações. De acordo com fontes ouvidas pela agência Bloomberg, os chineses estariam bem mais relutantes em aceitar o amplo acordo sinalizado por Donald Trump antes do encontro desta semana.
As informações teriam, inclusive, reduzido as esperanças de uma trégua entre os dois países, refletindo, inclusive, no mercado financeiro e de commodities. As ações norte-americanas e europeias recuam e na Bolsa de Chicago, os futuros da soja operam com estabilidade, apesar da notícia das novas vendas. Por volta de 10h55 (Brasília), as duas primeiras posições perdiam entre 0,50 e 1 ponto e as duas seguintes subiam 0,25 e 0,75 ponto. Assim, o contrato novembro/19 tinha US$ 9,14 por bushel, enquanto o maio/20 era negociado a US$ 9,49.
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