Bolsa de Rosario reduz produção de soja na Argentina para 46,5 mi t
Na Argentina, o cultivo de soja está bastante comprometido e o milho tardio cumpre sua etapa crítica sem água. Desta forma, a Bolsa de Comércio de Rosario (BCR) recorta, das estimativas divulgadas em janeiro, 5,5 milhões de toneladas de produção para a soja, que fica em 46,5 milhões de toneladas e 4,9 milhões de toneladas da produção de milho, que fica em 35 milhões de toneladas.
Além disso, a estimativa ainda acrescenta 400 mil hectares a menos de superfície plantada com a oleaginosa e perdas de área de mais de 700 mil hectares - são, portanto, 18 milhões de hectares plantados com soja e uma perda de 716 mil hectares sobre essa área total. Comprometido pela falta de água, pelo calor e pelo vento seco, o cultivo de soja em boa parte da região dos Pampas entra na fase de enchimento de grãos nas piores condições dos últimos dez anos.
Classificação de umidade no solo argentino (Fonte: Bolsa de Comércio de Rosario)
As estimativas de rendimento mostram números que evidenciam os sérios problemas produtivos. Em Entre Ríos, a soja teria apenas 2000kg por hectare de média a nível província. Em Buenos Aires, o rendimento tem média de 2660kg por hectare, quase 500kg a menos do que no ano passado. Córdoba segue com uma marca de 2720kg por hectare e Santa Fe encabeça as melhores expectativas relativas, com 3060kg por hectare. A nível nacional, a média está muito longe dos 3200kg por hectare do ciclo passado, estimada em 2680kg por hectare.
A situação da soja, contudo, é delicada e pode seguir se agravando se não receber auxílio imediato das chuvas.
Milho
No cultivo de milho, se destaca a queda na produtividade média a nível nacional, que é estimada em 6440kg por hectare, 910kg por hectare a menos do que o estimado em janeiro. Sem ajuste nos números de superfície, isso significa uma produção nacional estimada em 35 milhões de toneladas.
O maior ajuste de rendimento a respeito das estimativas de um mês foi feito na principal província produtora do cereal, Córdoba. A queda foi de 1130kg por hectare em relação ao esperado em janeiro - agora, são estimados 6830kg por hectare. Buenos Aires tem uma média de 6550kg por hectare, recorte de 940kg por hectare em relação a janeiro. Santa Fe também tem queda de 870kg por hectare, mas com uma média maior, de 7560kg por hectare.
Com informações da Bolsa de Comércio de Rosario