Soja: Mercado em leve alta. Clima e dólar em foco, por Miguel Biegai
Bom dia! Os contratos futuros de soja na Bolsa de Chicago trabalham com discreta valorização na manhã desta sexta feira (08/12), com 2 centavos de alta no contrato de janeiro/18,, sendo cotado neste momento a US$ 994 centavos por bushel.
A quinta feira acabou sendo de forte queda, ocasionada em boa parte pela valorização do dólar em relação ao real. Por motivos políticos (Reforma da Previdência) a moeda americana chegou a bater patamares acima de R$ 3,30 durante parte do dia.
Quando o dólar valoriza no Brasil, a soja brasileira se torna mais barata no mercado internacional, e por isso o mercado americano se ajusta para manter a competitividade para exportações, precisando derrubar o preço em dólares. Como a soja cotada na Bolsa de Chicago precisa acompanhar a realidade dos preços físicos no mercado americano, é natural que os preços recuem no pregão.
Outro foco de atenção é o clima, com a Argentina no centro das atenções, pois diversos modelos climáticos apontam irregularidade de chuvas para os meses de janeiro e fevereiro nesse país, por efeito da La Niña, embora no curto prazo não esteja ocorrendo muita falta de umidade neste momento, com exceções de casos pontuais.
Semana que vem, dois importantes relatórios vão agitar o mercado. No dia 12/12, o reporte de Oferta & Demanda do USDA, e no dia 14/12 o NOAA vai atualizar sua projeção sobre o La Niña. Na revisão de novembro, indicaram 65% a 75% de chance de La Niña. Alguns operadores acham que agora vem de 70% a 80%, o que tecnicamente significaria quase uma confirmação do fenomeno por parte do NOAA.
Graficamente, a soja fechou mesmo o “gap” entre US$ 995 e US$ 997 no contrato de janeiro/18, que comentamos na segunda-feira. Alguns analistas acham que, com o gap fechado, agora o mercado está “liberado” para subir mais caso os dois relatórios da semana que vem sejam altistas.
