Cinco pontos que representam a comercialização de soja na Argentina neste momento
O portal AgroVoz destacou, nesta sexta-feira (23), cinco pontos que representam a comercialização de soja argentina neste momento, que conta com muitos produtores segurando a oleaginosa em busca de melhores preços.
Confira:
1 - Vendas em baixa
Segundo um boletim divulgado pela Fundação Mediterrânea, entre janeiro e final de maio, os produtores de soja venderam apenas 12,1 milhões de toneladas na Argentina, 21% da colheita prevista para a safra. Nas últimas 11 safras, este número era de 18,2 milhões de toneladas, ou 39% da produção.
Em valores reais, isso traz um "buraco" de entre seis e dez milhões de toneladas da oleaginosa no mercado.
2 - Menores ingressos
De acordo com os cálculos dos economistas Juan Manuel Garzón e Nicolás Torre, a soja que não foi vendida representa operações pendentes de US$1,4 a US$2,4 bilhões, o que afeta atividades de indústrias de processamento e também daquelas que dependem desse comércio.
3 - Colheita lenta?
Uma possibilidade, de acordo com o boletim, seria o avanço lento da colheita, por conta dos problemas climáticos que afetaram os caminhos. Entretanto, a colheita já está praticamente finalizada neste momento, o que descarta essa hipótese.
4 - Preços baixos
A soja não para de retroceder no mercado de Chicago, impactando as cotações locais: uma tonelada da oleaginosa caiu de US$245 no início de junho para US$228 agora.
Há um prêmio a ser pago para os produtores que estão segurando a soja, de entre US$10 a R$20 por tonelada em operações com entrega ao final do ano. Entretanto, esse prêmio pode ser atrativo ou não, depende da situação do produtor.
5 - Atraso Cambiário
Analistas apontam que os produtores estão esperando um aumento no câmbio local para que os valores em pesos sejam mais atrativos. O dólar está fixado em AR$16 há vários meses.
Tradução: Izadora Pimenta