Com alta do dólar e em Chicago, soja futura vai a R$ 79,50 em Rio Grande nesta 3ª feira
Os preços voltaram a subir na Bolsa de Chicago na sessão desta terça-feira (4) e, no Brasil, o mercado também encontra suporte para avançar, uma vez que o dólar registra novo dia de valorização frente ao real. Por volta de 12h30 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa subiam entre 6 e 11,25 pontos - com ganhos mais expressivos nas posições mais distantes - e a moeda norte-americana tinha alta de 0,41% a R$ 3,467, após superar os R$ 3,47.
Dessa forma, os valores tanto para a soja disponível quanto para aquela da safra nova subiam mais de 1% nos principais portos de exportação brasileiros. Em Paranaguá, a oleaginosa da safra velha era cotada a R$ 78,00, com ganho de 2,36% e a da futura a R$ 76,30, subidno 0,93%. Já em Rio Grande, o produto disponível valia R$ 78,60, com alta de 0,77%, enquanto o da nova safra disparava para R$ 79,50, com avanço de 1,02%.
Dólar
O dólar chegou a abrir em baixa, porém, logo mudou de direção após três sessões seguidas de altas. No cenário doméstico, atenção à turbulência financeira e política ainda instalada no Brasil, o que traz extrema atenção aos investidores. Em nota divulgada aos clientes reportada pelo G1, o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik disse que "a cautela continua dominando o ambiente do câmbio interno".
Já para o cenário externo global, Rugik afirmou que o tom adotado pelos traders hoje é "mais ameno, embalado pela subida das bolsas chinesas e pela recuperação das commodities", segundo noticiou a agência Reuters.
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Bolsa de Chicago
As tentativas de recuperação das cotações em dias seguintes à baixas registradas na CBOT tem sido uma constante entre os negócios no futuro norte-americano, confirmando a volatilidade natural desse período em que o mercado é climático diante do acompanhamento da nova safra dos Estados Unidos, como explicam os analistas. E essa característica do mercado se intensifica na medida que se aproxima a chegada do novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no próximo dia 12.
Até lá, os traders podem contar com números semanais do reporte de acompanhamento de safras do departamento americano que mostrou, no final da tarde desta segunda-feira (3) apenas uma ligeira melhora nas lavouras do país. O número, após semanas consecutivas de manutenção, subiu 1 ponto percentual - apesar da significativa melhora climática no Corn Belt - passando de 62% para 63% em uma semana.
"O mercado já esperava por isso, já processava esses números. Não é nenhuma surpresa e acredito que o impacto para o mercado será neutro", disse a analista de mercado da Labhoro Corretora, Andrea Sousa Cordeiro.