Soja: Mercado mantém ganhos na CBOT; dólar baixo limita avanço dos preços nos portos
O mercado internacional da soja voltou a operar em campo positivo na sessão desta quarta-feira (29). Após iniciar o dia atuando com estabilidade e buscando tomar um fôlego após o turbulento início de semana, os principais vencimentos subiam entre 1 e 7,50 pontos na Bolsa de Chicago, com o novembro/15, referência para a safra americana, procurando retomar os US$ 9,50 por bushel.
Segundo explicam analistas, a volatilidade segue permeando os negócios e esse quadro ainda deve se estender pelas próximas semanas na medida em que os futuros das commodities seguem sendo pautados pelo mercado financeiro e, entre os fundamentos, pelo comportamento do clima nos Estados Unidos e o desenvolvimento da nova safra de grãos do país.
O movimento, ainda de acordo com analistas, é típico do final do mês, quando os grandes fundos estão fechando seus balanços e precisam garantir bons resultados. De acordo com as notícias de sites internacionais, o mercado ainda observa os compradores e vendedores muito ativos, ajustando suas posições e de olho nas últimas previsões de clima para o Meio-Oeste americano.
No Brasil, o dia também é de pouca movimentação, mas de preços sem direção para a soja nos portos, uma vez que o dólar opera em campo negativo e já se aproxima mais de R$ 3,30 após bater no pico de R$ 3,40. Em Paranguá, o produto disponível era negociado a R$ 76,50 por saca, enquanto a futura batia em R$ 74,60. Em Rio Grande, valores de R$ 76,50 e R$ 76,40, respectivamente.
Após cinco sessões consecutivas de altas, o dólar perde força frente ao real nesta quarta. Por volta de meio-dia (Brasília), a moeda valia R$ 3,334 e registrava queda de mais de 1%. Além dos movimentos de realização de lucros, o mercado tenta ainda se ajustar à espera das novas informações que devem chegar a respeito da taxa básica de juros do Brasil.
A perspectiva é de que o Copom (Comitê de Política Monetária) faça, na reunião desta quarta, a sétima elevação consecutiva nos juros básicos - atualmente em 13,75% ao ano - em cerca de 0,50 ponto percentual. Caso a alta seja confirmada, a taxa alcançaria seu maior patamar desde agosto de 2006.
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