Em Chicago, mercado da soja testa os dois lados da tabela e caminha de lado nesta 6ª feira
O mercado internacional da soja segue trabalhando com pouca movimentação nesta sexta-feira (15) na Bolsa de Chicago. Assim, por volta de 12h30 (horário de Brasília), os principais vencimentos recuavam pouco mais de 2 pontos, com o contrato julho/15, o mais negociado nesse momento em US$ 9,57 por bushel. Mais cedo, as posições apresentavam ligeiras altas.
O pregão de hoje é típico de final da semana, com pouca movimentação depois de dias onde os negócios também têm acontecido de forma mais lenta e limitada. O mercado, segundo explicam analistas, ainda exibe um comportamento técnico e com poucas novidades entre os fundamentos.
Além disso, ainda de acordo com os analistas, o mercado vê a diferença entre as cotações que são direcionadas pela safra velha e pela nova safra, o que mantém os traders ainda muito atentos ao comportamento do clima nos Estados Unidos e ao desenvolvimento da produção do país. E o foco, nesse final da semana, têm estado sobre o impacto das condições climáticas sobre o trigo, que têm recebido intensas chuvas e prejudicado as lavouras.
Segundo explicou Camilo Motter, analista da Granoeste Corretora, o mercado mantém, desde outubro do ano passado, mantém uma resistência importante no patamar dos US$ 9,49 por bushel e, caso seja rompido para baixo, poderia provocar baixas mais acentuadas para esse contrato. Entretanto, o analista não acredita que haja muito espaço para uma queda mais forte das cotações.
"O clima se desenvolve muito bem nos Estados Unidos, o ritmo do plantio está muito bom, os níveis de umidade do solo estão muito satisfatórios e, mesmo assim, o mercado não cede tanto como se imaginava", explica. "Eu acredito que o mercado pode encontrar patamares melhores do que os observados agora caso tenhamos um problema climático nos EUA do que sentir uma pressão mais forte caso o clima permaneça favorável", completa.
Além disso, Motter afirma ainda que esse suporte para as cotações vem ainda de uma "persistência considerável" da demanda internacional, que vem resistindo a qualquer onda negativa que poderia impactá-la. Justificando esse quadro, já se observa as vendas para a exportação dos EUA, no acumulado do ano safra, superando as 49 milhões de toneladas, enquanto a última projeção do USDA aponta para 48,99 milhões de toneladas em toda a temporada 2014/15.
Paralelamente, o analista afirma ainda que estoques finais norte-americanos estimados no último boletim do USDA em 9,53 milhões de toneladas, além do reporte de uma baixa de cerca de 4 milhões no estoques finais mundiais, também atuam como fator de suporte para as cotações.