Em Chicago, mercado da soja testa os dois lados da tabela e caminha de lado nesta 6ª feira

Publicado em 15/05/2015 11:43

O mercado internacional da soja segue trabalhando com pouca movimentação nesta sexta-feira (15) na Bolsa de Chicago. Assim, por volta de 12h30 (horário de Brasília), os principais vencimentos recuavam pouco mais de 2 pontos, com o contrato julho/15, o mais negociado nesse momento em US$ 9,57 por bushel. Mais cedo, as posições apresentavam ligeiras altas. 

O pregão de hoje é típico de final da semana, com pouca movimentação depois de dias onde os negócios também têm acontecido de forma mais lenta e limitada. O mercado, segundo explicam analistas, ainda exibe um comportamento técnico e com poucas novidades entre os fundamentos. 

Além disso, ainda de acordo com os analistas, o mercado vê a diferença entre as cotações que são direcionadas pela safra velha e pela nova safra, o que mantém os traders ainda muito atentos ao comportamento do clima nos Estados Unidos e ao desenvolvimento da produção do país. E o foco, nesse final da semana, têm estado sobre o impacto das condições climáticas sobre o trigo, que têm recebido intensas chuvas e prejudicado as lavouras. 

Segundo explicou Camilo Motter, analista da Granoeste Corretora, o mercado mantém, desde outubro do ano passado, mantém uma resistência importante no patamar dos US$ 9,49 por bushel e, caso seja rompido para baixo, poderia provocar baixas mais acentuadas para esse contrato. Entretanto, o analista não acredita que haja muito espaço para uma queda mais forte das cotações. 

"O clima se desenvolve muito bem nos Estados Unidos, o ritmo do plantio está muito bom, os níveis de umidade do solo estão muito satisfatórios e, mesmo assim, o mercado não cede tanto como se imaginava", explica. "Eu acredito que o mercado pode encontrar patamares melhores do que os observados agora caso tenhamos um problema climático nos EUA do que sentir uma pressão mais forte caso o clima permaneça favorável", completa. 

Além disso, Motter afirma ainda que esse suporte para as cotações vem ainda de uma "persistência considerável" da demanda internacional, que vem resistindo a qualquer onda negativa que poderia impactá-la. Justificando esse quadro, já se observa as vendas para a exportação dos EUA, no acumulado do ano safra, superando as 49 milhões de toneladas, enquanto a última projeção do USDA aponta para 48,99 milhões de toneladas em toda a temporada 2014/15. 

Paralelamente, o analista afirma ainda que estoques finais norte-americanos estimados no último boletim do USDA em 9,53 milhões de toneladas, além do reporte de uma baixa de cerca de 4 milhões no estoques finais mundiais, também atuam como fator de suporte para as cotações. 

Tags:

Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Pátria: Plantio da soja 2024/25 chega a 83,29% da área
Soja tem cenário de sustentação em Chicago agora, principalmente por força da demanda
USDA informa novas vendas de soja nesta 6ª feira, enquanto prêmios cedem no Brasil
Soja opera estável nesta 6ª em Chicago, mas com três primeiros vencimentos abaixo dos US$ 10/bu
Soja volta a perder os US$ 10 em Chicago com foco no potencial de safra da América do Sul
USDA informa nova venda de soja - para China e demaisa destinos - e farelo nesta 5ª feira
undefined