Soja tem forte baixa em Chicago com vendas nas origens e de fundos; dólar dispara

Publicado em 04/03/2015 15:28

Os preços da soja, na tarde desta quarta-feira (4), vêm ampliando suas baixas e os dois primeiros vencimentos chegaram a perder o patamar dos US$ 10,00 por bushel, os mesmos que, no início da semana, se mostravam acima dos US$ 10,30. 

A situação amenizada da greve dos caminhoneiros - apesar de um acordo da classe com os governos ainda estra longe de ser efetivado -, os fundos vendendo suas posições de forma agressiva e mais vendas expressivas acontecendo nas origens, principalmente no Brasil, tem motivado as baixas mais intensas registradas nessa sessão. 

"Ontem, foram negociadas 27 milhões de toneladas de soja na Bolsa de Chicago, assim não tem como segurar os fundos", explicou o consultor de mercado Liones Severo, do SIM Consult, que completa dizendo que, paralelamente, no Brasil, os produtores também seguem efetivando bons volumes de venda, inclusive de soja da próxima safra. 

A valorização do dólar muito forte frente ao real nestes últimos dias tem se mostrado como o principal fator de estímulo à comercialização neste momento para o produtor brasileiro. A instabilidade dos quadros político e econômico do Brasil fizeram com que a moeda nacional se desvalorizass, fazendo a divisa americana chegar a bater nos R$ 3,00 nesta quarta na máxima da sessão.  

"Ninguém sabe onde vai parar, é uma barbárie", resumiu o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho à agência de notícias Reuters. 

Dessa forma, os preços da soja chegaram aos R$ 70,00 por saca no porto de Rio Grande e continuavam a favorecer os negócios. Em Paranaguá, o valor, por volta de meio-dia (horário de Brasília), era de R$ 68,00. Ainda segundo explicou Severo, a valorização do dólar supera os ganhos na CBOT, uma vez que cada 1 centavo de real no aumento da taxa cambial corresponde a um aumento equivalente a 4 centavos por bushel em Chicago.

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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