Bovespa reduz perdas com mau humor mundial; dólar vale R$ 1,76
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) ainda opera em terreno negativo, numa rodada de negócios marcada pelo nervosismo com a situação da Grécia. Nos EUA, investidores também não apreciaram o índice de preços mais alto do que o esperado.
O Ibovespa, principal termômetro dos negócios da Bolsa paulista, cede 1%, aos 68.628 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,97 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York retrai 0,31%.
Na Europa, o índice londrino FTSE recuou 1,02% no fechamento; em Frankfurt, o índice Dax perdeu 0,99%.
O dólar comercial é vendido por R$ 1,767, em alta de 0,79%. A taxa de risco-país marca 181 pontos, número 4,02% acima da pontuação anterior.
Entre as primeiras notícias do dia, a Eurostat (agência de estatísticas da União Europeia) revelou que a Grécia registrou um deficit de 13,6% do PIB (Produto Interno Bruto) no ano passado, em vez dos 12,7% divulgados anteriormente. O número assustou os agentes financeiros, num momento em que o país mediterrâneo paga juros cada vez mais altos para captar dinheiro no mercado, e tem dívidas bilionárias a vencer no curto prazo.
O Departamento do Trabalho dos EUA informou uma queda na demanda pelos benefícios do auxílio-desemprego até a semana passada, porém menor do que o previsto. Os pedidos iniciais somaram 456 mil até o dia 17. Economistas do setor financeiro esperavam uma cifra em torno de 450 mil.
O mesmo órgão apontou que a inflação subiu mais do que o esperado para o mês de março, de acordo com o a leitura do PPI (Índice de Preços ao Produtor, na sigla em inglês). A variação foi de 0,7% no mês passado, contra projeções de 0,4%.
Ainda nos EUA, a entidade privada NAR (Associação Nacional dos Corretores de Imóveis, na sigla em inglês) registrou um aumento de 6,8% nas vendas de residências usadas no mês passado, atingindo 5,35 milhões de unidades ao longo de 12 meses. Trata-se do volume de unidades vendidas mais alto desde dezembro do ano passado. Economistas do setor financeiro esperavam um incremento de 5,2%.
No front doméstico, o Banco Central contabilizou o maior deficit das contas externas do país desde 1947. No primeiro trimestre, as transações em conta corrente ficaram negativas em US$ 12,145 bilhões. Somente os gastos dos turistas brasileiro no exterior cresceram 74%.
O BC também indicou que uma saída de US$ 977 milhões do país (já consideradas as entradas de dólares) neste mês, até a segunda semana.