Bovespa opera instável, sem firmar tendência; dólar atinge R$ 1,76
O mercado brasileiro de ações alterna entre altas e baixas em uma sessão de negócios marcada pela ausência de indicadores mais fortes. As notícias da economia europeia logo pela manhã não estimularam os investidores a voltar às compras. Analistas avaliam que a chamada "realização de lucros" (venda de ações muito valorizadas) deve ser forte na rodada de hoje.
O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, tem leve alta de 0,03%, aos 71.119 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,64 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York retrai 0,26%. Na Europa, a Bolsa de Londres cai 0,31%.
O dólar comercial é cotado por R$ 1,767, em um avanço de 0,68%. A taxa de risco-país marca 178 pontos, número 4,09% acima da pontuação anterior.
Entre as principais notícias do dia, a Eurostat, agência europeia de estatísticas, revelou que o PIB (Produto Interno Bruto) da zona do euro teve crescimento nulo no quarto trimestre do ano passado, em vez do aumento de 0,1% anteriormente divulgado.
Uma missão do FMI (Fundo Monetário Internacional) deve iniciar hoje uma visita à Grécia, para avaliar as medidas já tomadas pelo governo local para controlar o deficit das contas públicas nesse país. Em 25 de março, a comunidade europeia aprovou um mecanismo de auxílio financeiro ao país mediterrâneo, que prevê empréstimos bilaterais e acesso a recursos do Fundo.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou hoje que a produção industrial brasileira aumentou em sete das 14 regiões pesquisadas em fevereiro. Na média nacional, a indústria apresentou avanço de 1,5% na mesma base de comparação.
O mercado aguarda para as próximas horas o discurso do presidente do Federal Reserve (banco central americano), Ben Bernanke, que vai se pronunciar na Câmara Regional do Comércio de Dallas. Ontem, a ata do Fed mostrou que a autoridade monetária está disposta a segurar os juros nos níveis historicamente baixos por um período de tempo prolongado