Bovespa retrai 1,87% após abertura; dólar atinge R$ 1,84
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registra fortes perdas desde os primeiros negócios desta quinta-feira. Preocupações com o possível rebaixamento da dívida grega pelas agências de "rating" (risco de crédito) afetam os mercados mundiais. A taxa de câmbio reflete esse nervosismo e atinge R$ 1,84.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, cai 1,87%, aos 64.561 pontos. Ontem, a Bovespa fechou em baixa de 0,47%.
O dólar comercial é negociado por R$ 1,840, em um acréscimo de 0,76% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 220 pontos, número 1,38% acima da pontuação anterior.
As Bolsas asiáticas foram os primeiros mercados a refletirem preocupações com a Grécia. Em Tóquio, o índice Nikkei cedeu 0,95%; em Hong Kong, o índice Hang Seng perdeu 0,33%. Na Europa, a Bolsa de Londres cai 0,85%; em Frankfurt, o índice Dax recua 0,74%.
Entre as primeiras notícias do dia, o governo alemão informou que a taxa de desemprego atingiu 8,7% em fevereiro. Ainda na zona do euro, a agência Standard & Poor's confirmou que o "rating" da Grécia continua classificado como "grau de investimento" (o nível mais alto).
O banco britânico RBS (Royal Bank of Scotland) reportou um prejuízo de aproximadamente US$ 9,51 bilhões, ante perda de US$ 10,6 bilhões) um ano antes.
No front doméstico, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou uma taxa de desemprego nacional de 7,2% em janeiro, ante 6,8% em dezembro. Trata-se da menor taxa para um mês de janeiro desde o início da série histórica, iniciada em 2002.
Várias empresas brasileiras já divulgaram seus balanços hoje, com destaque para o Banco do Brasil, que apurou um lucro histórico de R$ 10,15 bilhões, um aumento de 15,3% na comparação com 2008.
Já o grupo siderúrgico Usiminas anunciou um lucro líquido de R$ 1,344 bilhão para exercício de 2009, o que representa uma retração de 58% sobre o resultado de 2008. No mesmo setor, o grupo Gerdau revelou um lucro líquido de R$ 1 bilhão no exercício de 2009, ante R$ 4,94 bilhões em 2008.