Otimismo externo e commmodities ajudam Bovespa a fecha em alta de 0,73%
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) quase encerrou o dia em seu maior "preço" deste ano, mas perdeu fôlego perto do fechamento do pregão desta segunda-feira. A alta das commodities (matérias-primas), o que favorece algumas das principais empresas brasileiras com ações na Bolsa, foi um dos fatores citados. Mas também foi importante o otimismo com a economia americana e europeia. Já a taxa de câmbio recuou para R$ 1,72.
Na praça londrina, referência para os preços internacionais do ouro, a commodity chegou a ser cotada no valor histórico de US$ 1,170 a onça no decorrer o dia.
O Ibovespa, termômetro dos negócios da Bolsa paulista, subiu 0,73% no fechamento, aos 66.809 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,19 bilhões, abaixo da média do mês (R$ 6,84 bilhões). Ainda operando, a Bolsa de Nova York valoriza 1,05%.
"O pregão foi muito influenciado pelo mercado de Nova York, que subiu bem hoje. Amanhã, devemos ter um dia um pouco nervoso, por causa dos números que serão divulgados nos EUA [PIB do terceiro trimestre], mas acho que eles não devem vir tão feios como muita gente pensa", comenta Fábio Prandini, profissional da mesa de operações da corretora Elite.
O dólar comercial foi vendido por R$ 1,728, em baixa de 0,23%. A taxa de risco-país marca 212 pontos, número 0,93% abaixo da pontuação anterior.
Entre as principais notícias do dia, a (Associação Nacional de Corretores de Imóveis, na sigla em inglês) reportou que as vendas de casas nos EUA cresceram 10,1% em outubro, surpreendendo os analistas e atingindo o nível mais desde fevereiro de 2007.
Os investidores também se animaram com os especialistas da Nabe (Associação Nacional de Economia Empresarial, na sigla em inglês) melhoraram suas projeções para o crescimento dos EUA em 2010: de 2,6% para 2,9%.
Ainda no front externo, a empresa de pesquisa Markit verificou uma expansão no nível de atividade da economia dos 16 países que compõem a zona do euro não visto há dois anos. O chamado índice PMI (Índice de Atividade de Gerentes de Compras, na sigla em inglês) teve leitura de 53,7 pontos neste mês, ante 53 em outubro.
O boletim Focus, preparado pelo Banco Central, revelou que a maioria dos economistas do setor financeiro projeta um crescimento de 5% para o PIB do país em 2010, mesmo número da semana anterior. As projeções para a inflação oficial (IPCA) de 2010 subiram ligeiramente, de 4,41% para 4,43%. Para este ano, a previsão foi mantida em 4,26%. A meta do governo é uma inflação de 4,5% neste ano e no próximo.
O Ministério do Desenvolvimento apontou que a balança comercial teve superavit de US$ 345 milhões na terceira semana de novembro (entre os dias 16 e 22). No acumulado deste ano, o saldo é positivo em US$ 22,962 bilhões, ante um resultado de US$ 21,908 bilhões no mesmo período de 2008.