Dólar se recupera enquanto investidores buscam clareza sobre trajetória dos juros nos EUA

Publicado em 28/08/2024 07:48 e atualizado em 28/08/2024 08:38

 

Por Brigid Riley e Sruthi Shankar

(Reuters) - O dólar subia nesta quarta-feira, recuperando-se de uma série de perdas recentes que o levaram ao seu nível mais fraco em mais de um ano, à medida que investidores aguardam mais dados econômicos que podem definir o tom da reunião de política monetária do Federal Reserve em setembro.

Fortes surtos de volatilidade atingiram os mercados de câmbio no início de agosto, uma vez que as preocupações com uma possível recessão nos Estados Unidos e os sinais 'hawkish' do Banco do Japão pressionaram o dólar e fizeram com que outras moedas importantes disparassem.

O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,31%, a 100,910, mas ainda estava a caminho de sua maior queda mensal desde novembro de 2022.

A moeda norte-americana atingiu uma mínima de 13 meses de 100,51 na sessão anterior, com mudanças impulsionadas por uma forte reavaliação das expectativas de cortes nos juros do Fed.

"Está bastante claro que o mercado precificou uma taxa terminal próxima a 3%, e lembre-se de que os juros estão acima de 5% no momento. Muito disso tem sido precificado rapidamente no período recente", disse Ed Hutchings, chefe de taxas da Aviva Investors.

"Pode haver uma pequena pausa para o (declínio do) dólar e espaço para os rendimentos subirem potencialmente."

Investidores também estavam aguardando os resultados da Nvidia, que podem moldar o apetite por ações globalmente. O dólar tem sido sensível aos movimentos dos mercados acionários neste ano.

Operadores são unânimes nas apostas de que o Fed começará a cortar os juros no próximo mês, com o debate agora centrado no tamanho da redução. Eles colocam 65% de chance de um afrouxamento de 25 pontos-base.

O dólar tinha alta de 0,22% em relação ao iene, a 144,26.

O euro era negociado a 1,1133 dólar, em queda de 0,46% no dia.

Fonte: Reuters

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