Inflação ainda alta justifica paciência do Fed com política monetária, diz Collins

Publicado em 18/06/2024 13:37 e atualizado em 18/06/2024 15:00

 

Por Michael S. Derby

(Reuters) - A presidente do Federal Reserve de Boston, Susan Collins, advertiu nesta terça-feira que não se deve deixar levar por dados recentes de inflação que sugerem que as pressões dos preços podem estar novamente recuando para a meta do banco central dos Estados Unidos.

"Ainda é muito cedo para determinar se a inflação está em um caminho duradouro de volta à meta de 2%", disse Collins em um discurso. "Não devemos reagir de forma exagerada a um ou dois meses de notícias promissoras, assim como não foi apropriado tirar muitos sinais dos dados decepcionantes no início deste ano", disse ela.

Collins, que atualmente não tem direito a voto no Comitê Federal de Mercado Aberto do banco central também disse que agora não é o momento para o Fed reduzir os juros, já que o banco central precisa ver mais evidências de que as pressões dos preços estão diminuindo antes de tomar tal atitude.

Dito isso, Collins acredita que a economia provavelmente está no caminho certo.

"Continuo sendo uma otimista realista -- otimista de que podemos restaurar a estabilidade dos preços em um período razoável de tempo em meio a um mercado de trabalho que permanece saudável, embora realista quanto aos riscos e incertezas dessa perspectiva", disse ela.

Na reunião de política monetária da semana passada, autoridades do Fed mantiveram a taxa de juros de referência na faixa de 5,25% a 5,50% e reduziram as projeções de cortes esperados neste ano para um, em comparação com os três previstos em março.

Collins disse que, de modo geral, o Fed fez um "progresso significativo" na redução da inflação. Ela acrescentou que os números recentes sobre a inflação foram "encorajadores" e observou que "dados sugerem uma economia com demanda e oferta mais equilibradas, conforme necessário para restaurar a estabilidade dos preços", mas alertou que "esse processo pode levar mais tempo do que se pensava anteriormente".

Fonte: Reuters

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