Senado aprova intervenção federal na segurança do DF, com Flávio Bolsonaro entre os 8 votos contrários

Publicado em 10/01/2023 13:12

Por Eduardo Simões e Ricardo Brito

(Reuters) - O Senado aprovou nesta terça-feira a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal decretada no domingo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após os ataques de vândalos apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro contra as sedes dos Três Poderes.

A medida, válida até 31 de janeiro, já havia sido aprovada na segunda pela Câmara dos Deputados. Pela Constituição, uma intervenção federal precisa ser referendada pelo Congresso Nacional.

Na avaliação de autoridades do governo federal, os responsáveis pela segurança pública do DF falharam ao não conter os vândalos bolsonaristas que invadiram o Palácio do Planalto e os prédios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) deixando um rastro de destruição.

Lula nomeou o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, como interventor federal na segurança do Distrito Federal.

Os senadores aprovaram o decreto de intervenção de forma simbólica, quando não há registro nominal de votos. Oito senadores pediram depois para registrarem seu voto contrário, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), primogênito do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Flávio disse duvidar se o interventor teria isenção suficiente para também investigar e punir supostos infiltrados de esquerda que teriam participado dos atos --essa tese, sem amparo até o momento nas apurações oficiais, tem sido pregada por bolsonaristas.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

S&P 500 e Nasdaq terminam em baixa em negócios voláteis e incerteza sobre megacaps
Após se aproximar de R$5,70, dólar passa por realização de lucros e fecha em queda
Ibovespa tem nova queda e fecha abaixo de 125 mil pontos após ajustes
Juros futuros têm alta firme após IPCA-15 pior que o esperado
Candidato da oposição confia nos militares para garantir respeito aos resultados na Venezuela
Insegurança alimentar no Brasil cai 85% em 2023, segundo relatório da ONU