Rússia diz que EUA estão por trás da crise de fornecimento de gás da Europa

Publicado em 06/09/2022 09:29

VLADIVOSTOK, Rússia (Reuters) - O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse nesta terça-feira que os Estados Unidos fomentaram a crise de fornecimento de gás da Europa, empurrando os líderes europeus para a decisão "suicida" de cortar a cooperação econômica e energética com Moscou.

A Europa está enfrentando sua pior crise de fornecimento de gás de todos os tempos, com os preços da energia subindo e os importadores alemães até mesmo discutindo um possível racionamento na maior economia da União Europeia depois que a Rússia reduziu os fluxos de gás para o oeste.

Quando perguntada o que precisava acontecer para que o gasoduto Nord Stream 1 começasse a enviar gás novamente, Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, disse à Reuters: "Ouça, você está me fazendo perguntas que até crianças sabem a resposta: aqueles que começaram isto, precisam terminar com isso".

Ela disse que os Estados Unidos há muito procuravam romper os laços energéticos entre a Rússia e as grandes potências europeias, como a Alemanha, embora Moscou fosse um fornecedor de energia confiável desde os tempos soviéticos.

"O domínio de Washington prevaleceu", disse Zakharova à Reuters à margem do Fórum Econômico Oriental em Vladivostok. "Forças políticas foram levadas ao poder na União Europeia que estão desempenhando o papel de 'ovelhas provocadoras'."

"É suicídio absoluto, mas parece que eles terão que passar por isso", disse ela.

EUA e a UE acusam a Rússia de chantagem energética depois que Moscou reduziu o fornecimento de gás aos clientes europeus. A Rússia disse que houve problemas técnicos com uma estação de compressão, cujo reparo foi impedido por sanções impostas pelo Ocidente a Moscou por causa da invasão da Ucrânia.

O Kremlin diz que o Ocidente desencadeou a crise energética ao impor as sanções mais severas da história moderna, um passo que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, diz ser semelhante a uma declaração de guerra econômica.

(Reportagem de Vladimir Soldatkin)

Fonte: Reuters

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