Regulador da UE aprova doses de reforço de duas vacinas adaptadas à Ômicron
Por Natalie Grover e Ludwig Burger
(Reuters) - O regulador de medicamentos da União Europeia apoiou nesta quinta-feira duas vacinas de Covid-19 adaptadas para atingir a variante Ômicron, antes de um aumento previsto nas infecções neste inverno.
Desenvolvidas pela Moderna e a equipe da Pfizer e BioNTech, as novas injeções bivalentes combatem a versão BA.1 da Ômicron e o vírus original detectado pela primeira vez na China.
A recomendação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) é autorizar as vacinas para pessoas com 12 anos ou mais que receberam pelo menos a vacinação primária contra a Covid-19. O sinal verde final estará sujeito à aprovação da Comissão Europeia, o que deve ocorrer em breve.
As empresas devem começar a fornecer suas vacinas adaptadas à Ômicron dentro de dias após a aprovação da UE, disse o deputado europeu Peter Liese na quarta-feira.
O composto reformulado da Pfizer visando as variantes BA.4/BA.5 atualmente dominantes já foi enviado para revisão da UE, enquanto a submissão da Moderna para uma dose semelhante é iminente.
A EMA também deve oferecer sua opinião sobre as vacinas adaptadas BA.4/5 nas próximas semanas, disse a comissária europeia de saúde e segurança alimentar Stella Kyriakides em comunicado nesta quinta-feira.
Embora as vacinas contra o coronavírus existentes continuem a fornecer boa proteção contra hospitalização e morte, sua eficácia foi afetada à medida que o vírus evoluiu.
Autoridades da UE sinalizaram nos últimos meses que estavam abertas a usar inicialmente doses direcionadas à variante BA.1 mais antiga, já que aquelas direcionadas especificamente às ramificações mais recentes da Ômicron, BA.4/5, estavam mais atrasadas no desenvolvimento.
Já a Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos EUA insistiu que estava interessada apenas em vacinas visando BA.4 e BA.5. Na quarta-feira, a Pfizer-BioNTech e a Moderna garantiram a aprovação dos EUA para essas doses.
(Reportagem de Natalie Grover e Ludwig Burger; reportagem adicional de Francesco Guarascio)