Peso argentino bate nova mínima de 350 por dólar; títulos operam em nível calote

Publicado em 22/07/2022 13:30

BUENOS AIRES (Reuters) - O peso argentino caiu para uma mínima recorde de 350 por dólar nas negociações no mercado informal nesta sexta-feira, diante da pressão contínua de investidores que buscam se proteger em moeda forte, disseram operadores.

O peso no mercado informal ou "blue" perdia 3,71%, para 345/350 por dólar, com poucos vendedores de moeda estrangeira, segundo operadores. A diferença sobre a taxa do mercado formal disparou para 169,69%.

"Isso não tem limites, e os compradores estão lá porque estão procurando se proteger contra uma perspectiva incerta", disse uma fonte do mercado.

No mercado de títulos, os papéis negociados no balcão perdiam em média 1,1% nesta sexta-feira, com uma saída persistente de investidores devido às crescentes dúvidas sobre o futuro da terceira maior economia da América Latina.

O título de referência Bonar 2030 desvalorizava-se 2,1%, com uma taxa de retorno ("yield") em dólares superior a 40%, refletindo o risco implícito.

"Os títulos estão sendo negociados em níveis de calote", disse um operador.

O risco-país compilado pelo banco JPMorgan subia 31 pontos-base, para 2.945 pontos-base.

A bolsa argentina rondava estabilidade na sessão, um dia depois de o banco central limitar a quantidade de CEDEAR (papel estrangeiro de negociação nacional) em carteira às empresas com acesso ao mercado cambial.

O índice Merval tinha variação positiva de 0,036%, aos 112.057,8 pontos, às 12h51 (de Brasília).

 

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

S&P 500 e Nasdaq terminam em baixa em negócios voláteis e incerteza sobre megacaps
Após se aproximar de R$5,70, dólar passa por realização de lucros e fecha em queda
Ibovespa tem nova queda e fecha abaixo de 125 mil pontos após ajustes
Juros futuros têm alta firme após IPCA-15 pior que o esperado
Candidato da oposição confia nos militares para garantir respeito aos resultados na Venezuela
Insegurança alimentar no Brasil cai 85% em 2023, segundo relatório da ONU