Preço do aço se recupera, mas minério de ferro vacila com problemas de demanda da China
Os contratos futuros do aço na China subiram nesta terça-feira, impulsionados pelos esforços do governo chinês para aliviar a crise financeira no problemático setor imobiliário local, mas os preços do minério de ferro caíram devido a preocupações persistentes com a queda na demanda pelo ingrediente siderúrgico na maior produtora mundial de aço.
O setor imobiliário da China, que responde por cerca de um quarto da demanda doméstica por aço, tem estado sob os holofotes em meio a um boicote crescente ao pagamento de hipotecas sobre projetos imobiliários inacabados.
Os reguladores chineses intensificaram esforços para incentivar os credores a conceder empréstimos a projetos qualificados, agindo para aliviar uma turbulência que pode sobrecarregar uma economia já duramente atingida pelos lockdowns da Covid-19.
O vergalhão de aço para construção na Bolsa de Futuros de Xangai encerrou as negociações em alta de 1,7%, a 3.774 iuanes (559,37 dólares) a tonelada. O fechamento ficou bem abaixo da máxima da sessão de 3.872 iuanes, mas estendeu uma recuperação ante a mínima de 19 meses alcançada na sexta-feira.
A bobina laminada a quente, usada em carrocerias de automóveis e eletrodomésticos, subiu 1,4%, para 3.755 iuanes por tonelada, recuperando-se de uma baixa de 20 meses.
O aço inoxidável subiu 0,1%.
Mas os preços futuros das matérias-primas siderúrgicas caíram, uma vez que as perspectivas gerais para a demanda de aço da China permanecem obscurecidas pelos riscos da Covid-19 e pelo mau tempo.
O contrato de minério de ferro para agosto na Bolsa de Cingapura caiu 2,5%, para 98,20 dólares a tonelada, enquanto o contrato mais negociado de setembro do produto em Dalian caiu 1%, para 656,50 iuanes por tonelada.