Nova onda de Covid atinge Ásia e região; Nova Zelândia alerta para pressão sobre hospitais

Publicado em 14/07/2022 10:48

Uma nova onda de infecções por coronavírus está se espalhando rapidamente pela Ásia e entorno, provocando alertas para moradores desde a Nova Zelândia até o Japão para tomarem precauções para conter o surto e ajudar a evitar que os sistemas de saúde fiquem sobrecarregados.

O novo aumento de casos, principalmente das variantes BA.4/5 da Ômicron, representa um desafio adicional para as autoridades que lidam com as consequências econômicas das ondas anteriores da pandemia, ao mesmo tempo em que tentam evitar estender ou reintroduzir restrições impopulares.

O governo da Nova Zelândia anunciou nesta quinta-feira máscaras gratuitas e testes rápidos de antígeno, ao buscar aliviar a pressão sobre o sistema de saúde do país, que está lidando com um fluxo de pacientes com Covid e influenza durante o inverno do Hemisfério Sul.

"Não há dúvida de que a combinação de um aumento nos casos de Covid-19 e hospitalizações, a pior temporada de gripe na memória recente e as ausências correspondentes de funcionários estão colocando os profissionais de saúde e todo o sistema de saúde sob extrema pressão", disse Ayesha Verrall, ministra da Resposta à Covid-19, em um comunicado.

A Nova Zelândia, que tem uma população de 5,1 milhões de pessoas, tem quase 69.000 atualmente infectadas com o vírus. Desses, 765 casos estão no hospital, o que fez com que o tempo de espera aumentasse e as cirurgias fossem canceladas.

No Japão, novos casos de Covid-19 cresceram para níveis não vistos desde o início deste ano. O governo pediu que as pessoas sejam especialmente cuidadosas antes de um fim de semana prolongado e iminentes férias escolares de verão.

O Japão registrou quase 95.000 casos na quarta-feira e os pacientes recém-infectados aumentaram 2,14 vezes em comparação com a semana passada, de acordo com um porta-voz do governo.

"O número de novos casos está aumentando em todas as prefeituras do Japão e parece estar se espalhando rapidamente", disse o ministro da Saúde, Shigeyuki Goto, no início de uma reunião do comitê sobre como lidar com o coronavírus.

Tóquio elevou seu nível de alerta para o mais alto.

Como a Nova Zelândia, a Coreia do Sul foi elogiada por sua resposta no início da pandemia, mas, na quarta-feira, os casos diários triplicaram em uma semana para mais de 39.000.

Autoridades e especialistas preveem que os novos casos diários da Coreia do Sul cheguem a 200.000 por volta de meados de agosto até o final de setembro e estão expandindo as doses de reforço de vacinação, mas não planejando novas restrições.

A Austrália alertou que pode ser atingida com seu pior surto de Covid-19 nas próximas semanas, alimentado pelas variantes BA.4/5 da Ômicron. As autoridades disseram que "milhões" de novas infecções podem ocorrer, mas descartaram quaisquer restrições duras para conter a propagação.

"Nós fomos além disso... não estamos na era dos lockdowns e esse tipo de coisa", disse o ministro federal da Saúde, Mark Butler, à estação de rádio 2GB na quinta-feira, embora tenha pedido aos australianos que considerem trabalhar em casa novamente.

A China continental registrou uma média de mais de 300 infecções diárias de Covid transmitidas localmente em julho, superior a cerca de 70 em junho, enquanto a política rígida de Pequim ajuda a manter surtos locais sob controle e tem evitado a sobrecarga de hospitais.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Ações sobem após dados de inflação, mas acumulam queda na semana
Dólar cai após BC vender US$7 bi e Senado aprovar pacote fiscal
Taxas futuras de juros voltam a ceder com aprovação do pacote fiscal e comentários de Lula
Transição com Galípolo mostra que BC técnico permanece, diz Campos Neto
Ações europeias têm pior semana em mais de três meses, com queda no setor de saúde
Presidente do Fed de NY diz que BC dos EUA segue no caminho certo para cortes de juros
undefined