Bolsonaro chama Lula de "genocida de inocentes" por declaração sobre aborto

Publicado em 13/04/2022 21:09

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro chamou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "genocida de inocentes" por declarações do petista sobre o aborto.

"Entendo que uma pessoa que defende o aborto, como ele, é um genocida de inocentes", disse Bolsonaro, em entrevista gravada divulgada nesta quarta-feira.

Líder nas pesquisas de intenção ao Palácio do Planalto, Lula disse recentemente que o aborto deveria ser uma questão de saúde pública e um direito das mulheres. Posteriormente, o petista reiterou que é pessoalmente contra o aborto, como já havia dito em outras declarações, mas afirmou que precisa pensar na saúde pública.

O ex-presidente já disse que está disposto a discutir o assunto com Bolsonaro na campanha.

Na entrevista, Bolsonaro disse ainda que gostaria de saber a opinião de Geraldo Alckmin sobre aborto após as falas de Lula. O PT aprovou nesta quarta a indicação de Alckmin para candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Lula.

"Queria saber a opinião do Alckmin, que sempre foi um católico fervoroso, o que falaria sobre o aborto já que o chefe dele quer o aborto", disse.

Bolsonaro diz que STF tem uma maioria que não age corretamente

BRASÍLIA (Reuters) - Em novo ataque à cúpula do Poder Judiciário, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que, na avaliação dele, há uma maioria no Supremo Tribunal Federal que não age corretamente.

A declaração em uma entrevista gravada, divulgada nesta quarta-feira, foi dada quando Bolsonaro comentava a reversão das condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Lamentavelmente, não quero generalizar, mas dentro do Supremo Tribunal Federal tem uma maioria que não age corretamente, até mesmo com o fato de votar, fazer com que as condenações do Lula fossem revertidas", disse ele, ressaltando que "não foi inocentar".

Bolsonaro disse que "não tem cabimento" o argumento usado pelo ministro Edson Fachin, relator da operação Lava Jato no Supremo, para anular as condenações de Lula. O entendimento de Fachin, confirmado pelo plenário do STF, foi o de que o ex-presidente não poderia ter sido processado por uma Vara Federal em Curitiba, mas em Brasília ou São Paulo.

Procurada, a assessoria de imprensa do Supremo informou que não vai fazer comentários às declarações de Bolsonaro.

Lula vem liderando as pesquisas de intenção de voto na corrida presidencial em outubro.

Nos últimos meses, Bolsonaro voltou a elevar ataques contra ministros do STF e do Tribunal Superior Eleitoral, além de questionar a integridade do sistema eletrônico de votação.

Fonte: Reuters

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