Russos não aparecem em audiências da ONU sobre guerra na Ucrânia

Publicado em 07/03/2022 09:48

Por Stephanie van den Berg

HAIA (Reuters) - A Rússia boicotou audiências na mais alta corte da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira, durante as quais a Ucrânia está buscando uma ordem de emergência para interromper as hostilidades, argumentando que Moscou aplicou falsamente a lei de genocídio para justificar sua invasão.

As audiências começaram na Corte Internacional de Justiça (CIJ) sem representação legal da Rússia.

"O fato de os assentos da Rússia estarem vazios fala alto. Eles não estão aqui neste tribunal: estão em um campo de batalha travando uma guerra agressiva contra meu país", disse o enviado ucraniano Anton Korynevych.

Ele pediu à Rússia que "deponha suas armas e apresente suas provas".

A corte afirmou lamentar o não comparecimento da Rússia.

Um porta-voz da Embaixada da Rússia na Holanda não respondeu a um pedido de comentário.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" da Rússia é necessária "para proteger as pessoas que foram submetidas a intimidação e genocídio" --ou seja, aquelas cuja primeira ou única língua é o russo-- no leste da Ucrânia.

A Ucrânia declarou nesta segunda-feira que a alegação da Rússia é infundada e que o suposto genocídio no leste da Ucrânia "não existe".

O caso centra-se na interpretação de um tratado de prevenção ao genocídio de 1948, assinado pelos dois países. O tratado nomeia a CIJ como o fórum para resolver disputas entre os signatários.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Ações fecham em baixa e Nasdaq confirma correção com mais temores de recessão nos EUA
Após se aproximar de R$5,80, dólar perde força com exterior e fecha em baixa
Ibovespa flerta com 128 mil pontos, mas fecha em queda com receios sobre economia dos EUA
Conselho Eleitoral da Venezuela ratifica vitória de Maduro; oposição mantém solicitação de atas
Taxas futuras de juros desabam em sintonia com Treasuries e refletindo chance menor de alta da Selic
Kamala alcança número necessário de delegados para se tornar candidata presidencial democrata