Mercado eleva projeção para Selic a 12,25% este ano e vê inflação mais alta

Publicado em 14/02/2022 09:00

Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) - O mercado elevou a perspectiva para a taxa básica de juros ao final deste ano, depois de o Banco Central ter deixado em aberto o rumo da Selic e em meio à pressão inflacionária, ao mesmo tempo em que voltou a aumentar a projeção para a alta dos preços.

A pesquisa Focus divulgada pelo BC nesta segunda-feira mostrou que os economistas consultados passaram a calcular a Selic agora a 12,25% no fim de 2022, contra taxa de 11,75% prevista na semana anterior. Para 2023 segue estimativa de Selic a 8,0%

O BC elevou a Selic em 1,5 ponto percentual pela terceira vez consecutiva no início do mês, a 10,75% ao ano, indicando uma redução no ritmo de ajuste na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em março.

Na semana passada, a ata do encontro mostrou preocupação da autoridade monetária com a adoção de políticas fiscais que buscam controlar a inflação no curto prazo, em documento interpretado por parte do mercado como duro, embora não tenha avançado em informações sobre o percentual de aperto monetário que será adotado na próxima reunião do colegiado.

O Focus apontou ainda que a expectativa para a alta do IPCA este ano aumentou em 0,06 ponto percentual, indo a 5,5%, enquanto, para o ano que vem, segue em 3,5%.

O centro da meta oficial para a inflação em 2022 é de 3,5% e para 2023 é de 3,25%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

A inflação ao consumidor no Brasil iniciou 2022 em desaceleração mas com a maior taxa para o mês de janeiro em seis anos, de 0,54%, indo a 10,38% no acumulado em 12 meses.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento seguiu em 0,3% para 2022, mas caiu a 1,5% em 2023, de 1,53% antes.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Minério de ferro sobe com a melhora das perspectivas econômicas da China
Iene atinge maior alta em sete meses com aumento de temores por economia dos EUA
Ações da China acompanham queda de pares globais com temores de recessão nos EUA
Ações fecham em baixa e Nasdaq confirma correção com mais temores de recessão nos EUA
Após se aproximar de R$5,80, dólar perde força com exterior e fecha em baixa
Ibovespa flerta com 128 mil pontos, mas fecha em queda com receios sobre economia dos EUA