Inflação ao produtor na China tem maior alta em 12 anos em meio e destaca pressões globais
Os preços ao produtores na China aumentaram em maio no ritmo anual mais forte em mais de 12 anos devido à alta dos preços de commodities, destacando pressões inflacionárias globais no momento em que as autoridades estão tentando revitalizar o crescimento após o impacto da Covid-19.
Investidores estão cada vez mais preocupados que as medidas de estímulo possam superaquecer a inflação global e forçar bancos centrais a apertar a política monetária, potencialmente limitando a recuperação.
O índice de preços ao produtor da China subiu 9,0% em maio sobre o ano anterior, informou nesta quarta-feira a Agência Nacional de Estatísticas, uma vez que os preços se recuperaram das mínimas do ano passado.
A alta do índice, a mais forte para qualquer mês nessa base de comparação desde setembro de 2008, deveu-se a aumentos significativos nos preços do petróleo, minério de ferro e metais não ferrosos, disse a agência.
Analistas esperavam alta de 8,5% em pesquisa da Reuters depois de o índice ter subido 6,8% em abril.
Pouco depois da divulgação dos dados de inflação, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma disse que a China vai monitorar de perto os movimentos de preços das commodities e elevar as previsões para manter a ordem do mercado.
O salto dos preços ao produtor ainda não afetou de forma substancial a inflação ao consumidor, o que significa que o Banco do Povo da China não deve se preocupar por enquanto.
Os preços ao consumidor subiram 1,3% em maio sobre o ano anterior, maior alta em oito meses, mas ficaram abaixo das expectativas de avanço de 1,6%. A inflação ao consumidor permaneceu bem abaixo da meta oficial de em torno de 3%.